terça-feira, 20 de abril de 2010

Aerus e o Morro do BUMBA

Entre a Realidade e a Fantasia

A cada parede que se erguia um sonho se realizava.
A cada avião que decolava uma esperança se avistava.
No imaginário da população e dos funcionários, a fantasia. Apesar do lixo acumulado, não se podia buscar a verdade. A verdade faria com que um movimento interno fosse necessário, mas em que condições? Não havia condições de cavar e achar o “lixo”. Não havia condições de se demitir e não ter com encontrar outro emprego. Não havia condições de sair e deixar o que construiu.

O futuro que se vislumbrava era coberto de esperanças e, ao mesmo tempo, o que “fedia” estava encoberto pela ganância. Quem pôde ganhar com a ilusão, ganhou.
No BUMBA, o martelo, a enxada, o cimento, foram insuficientes para vedar o chorume que insitia em vazar.

No AERUS, as novas rotas que a cada ano se lançava, foram insuficientes para selar o “rombo” que insistia em crescer.
Por trás da ganância, da esperança, do sonho, da fantasia, A REALIDADE.

Realidade que os governantes, agências reguladoras e verdadeiros responsáveis, não quiseram tomar pra si e, irresponsavelmente, deixaram vir a tona.
Não basta dizer que não sabiam que o lixo seria capaz de aumentar o risco, pois hoje estas vidas não serão resgatadas.

Não basta dizer que não sabiam que o passivo que se formava poderia ser resgatado com novas frentes de investimento, pois as aposentadorias foram perdidas.
Assim perdeu-se a identidade, a dignidade, a referência, a esperança, A VIDA.

De quem é a CULPA, afinal?
Quem irá reparar os danos afetivos e morais que perdemos?
QUEM?
Luiza Helena Aurelio Dias
Psicóloga
(Ex-Cmra. Luiza Helena)

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