quarta-feira, 30 de junho de 2010

(IN)COMPETÊNCIA POLÍTICA

É triste ter de reconhecer, mas a oposição tem sido de uma incompetência política à toda  prova!
O Governo do PresiMENTE da Silva tem usado e abusado de cometer ilícitos de todas as espécies, sem que nada lhe aconteça exceto, de raro em raro, uma suave penalidade financeira por ilícito eleitoral.
Apesar de suave, creio que nenhum dos débitos tenha sido saldado. É realmente um País espetacular esse nosso, onde as multas aplicadas àqueles que têm grande liquidez raramente são pagas, enquanto nosso amigo João dos Anzóis não escapa.
Os avisos simpáticos e amistosos da receita intimam que o débito seja pago em cinco dias, sob pena de severas sanções incidirem sobre o devedor.
Voltando à (in)competência:
Com todos os ilícitos cometidos pelo Executivo, a oposição não soube se articular nem, sequer, para ter chances de ganhar a próxima eleição.
As últimas pesquisas estão a indicar que, até mesmo na Região Sul, em que a oposição tinha grande e folgada maioria, a situação é delicada, para gáudio de seus dois principais concorrentes, o ex-Prefeito José Fogaça e o ex Ministro Tarso Genro.
(Tenho fortes calafrios só de pensar que o ex-guerrilheiro Tarso Genro, o homem que introduziu políticas de discriminação racial no País venha a governar o Estado e que  outra guerrilheira, a semi-gaúcha Dilma Rousseff, tenha votação majoritária no RS!).
No Rio Grande do Sul, a Governadora eleita pelo PSDB, coligado com alguns outros partidos, está fazendo um excelente trabalho administrativo, saneando, como saneou, as finanças do Estado, que os governos anteriores deterioraram lamentavelmente. Entre outros méritos, teve o de arrumar até onde possível o Instituto de Previdência, que estava absolutamente falido. (Penso que o RS deve ter tantos funcionários aposentados quanto  ativos. Se o número não for igual, certamente chega perto!)
O Estado estava se aproximando da situação de seu vizinho Uruguay de antigamente, que graças a uma legislação que facilitava sobremaneira aposentadorias precoces, literalmente quebrou.
Mas a Senhora Governadora tem sido de uma inabilidade política extrema. Foi antipática, projetando péssima imagem para seus governados. (Durante esses quatro anos viveu atritada com o Vice-Governador). Por essa razão, está tendo muitas dificuldades até de fazer aprovar matérias na Assembléia Legislativa, onde tinha ampla maioria!!!
No âmbito nacional, a oposição também tem sido inábil, de total incompetência; da mesma forma, ninguém tem  legítimo desprendimento.
A atitude do ex-Governador de Minas, Sr. Aécio Neves, de não querer candidatar-se a Vice-Presidente na chapa do Sr. Serra talvez seja a causa da eventual derrota do Sr. Serra, se ocorrer.
Claro, o Sr. Neves receia que, se concorrer e não for eleito, ficará desempregado durante pelo menos quatro anos. É depreciar-se demasiadamente.
Faltam à oposição líderes que tenham um mínimo de carisma  e saibam usá-la.
Essa deficiência, somada a uma ambição maior do que apropriado, poderá ser a causadora de uma eventual derrota do PSDB e de seus aliados, condenando-nos a mais 4 ou 8 anos de governos mal intencionados no que se refere à manutenção de um regime democrático e decente, e corruptos sem limites!
É de lamentar que depois de apenas pouco mais de 20 anos da recuperação da democracia no Brasil, por falta de gente politicamente competente, estejamos sob a ameaça de um retrocesso, caindo nos braços de um bolivarismo que nos levará a ter uma situação parecida à de Cuba há já mais de 50 anos e da Venezuela, governada por um destemperado e maluquete presidente. 
Igualmente de lamentar é que isso tenha ocorrido porque, graças à inabilidade política das oposições, somada à pavonice ignorante do Sr. da Silva, tenhamos essa perigosa espada de Dâmocles sobre nossas cabeças.
Por isso o título deste texto: (In)habilidade política. 

Peter Wilm Rosenfeld
Porto Alegre (RS), 30 de setembro de 2010 

Um comentário:

  1. Peter Wilm Rosenfeld colabora semanalmente com este blogue (e outros), escrevendo sobre política brasileira.

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