quarta-feira, 2 de junho de 2010

O triste sindicalismo no Brasil


Enganação
Promessa a idosas de passeio grátis em SP vira ida surpresa ao ato das centrais
Sentada em frente ao estádio Pacaembu, no início da tarde de ontem, a pensionista Terezinha Melo, 72, voluntária num grupo que promove ginástica para idosas em Guadalupe, subúrbio do Rio, decidiu anular seu voto nas eleições de outubro. 
"Não quero saber de política. Não voto em mais ninguém", afirmou Terezinha. 
Explica-se: ela e outras 80 mulheres, a maioria da mesma faixa etária, todas de Guadalupe, foram chamadas por uma conhecida do mesmo bairro para um "passeio" em São Paulo, com hospedagem e alimentação incluídas. A condição, dizem, participar de um "evento surpresa". 
"Não sabia que era negócio político. Mandaram a gente vir. Queria fazer compras, passear", diz Terezinha, em meio ao eco do discurso dos sindicalistas, vindo de dentro do estádio. 
O grupo veio a São Paulo em dois ônibus pagos pela CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). Chegaram cedo na segunda, a tempo de presenciar Paulinho da Força Sindical pregar a derrota de Serra, no Sindicato dos Bancários.
"Achei tudo uma baboseira", definiu a dona de casa Suzana Montani, 47, sobre a experiência no meio sindical. Perguntada pela reportagem em quem votará para presidente, não titubeou: "Lula". 
Nanci Rodrigues, responsável pelo convite e filiada ao PC do B, disse que entregou um panfleto às senhoras sobre o evento e que elas não tiveram qualquer despesa. (Texto e foto de Breno Costa na Folha de S.Paulo)
Publicado ou Escrito por Chico Bruno

O meu, o seu, o nosso $
Centrais gastam R$ 800 mil em ato para criticar o PSDB
Cinco centrais sindicais gastaram pelo menos R$ 800 mil num evento realizado no estádio do Pacaembu, em São Paulo, no qual reproduziram o slogan adotado pelo PT na campanha eleitoral deste ano -o de que "é preciso impedir o retrocesso". 
O evento organizado por CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), Nova Central e CGBT (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) reuniu 10 mil pessoas. 
O objetivo era fazer uma agenda de propostas que o movimento sindical quer entregar aos candidatos à Presidência. Mas os líderes adotaram um tom eleitoral e o discurso repetido por petistas contra o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. 
"Nossa maior responsabilidade é não permitir o retrocesso, a volta daqueles que implementaram as políticas neoliberais durante a década de 90", afirmou o presidente da CUT, Artur Henrique. "Uma assembleia como esta, se fosse feita na década de 90, era para falar contra privatizações, demissões, propostas da gestão Fernando Henrique Cardoso", disse. 
O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que na segunda criticou o pré-candidato do PSDB, José Serra, e defendeu Dilma Rousseff (PT), ontem fez apologia do governo Lula. 
"Nós temos que dizer aos trabalhadores que o projeto do presidente Lula tem que continuar, porque esse é um projeto que deu certo." 
Ligada ao PT, a CUT apoiará formalmente Dilma tão logo a candidatura seja anunciada. A Força optará pela neutralidade, embora Paulinho apoie a eleição de Dilma. 
O presidente da Força disse que cerca de R$ 800 mil foram gastos com a estrutura do evento (aluguel do estádio, trânsito, palco). Os gastos serão repartidos entre as centrais, que esperavam 30 mil pessoas no estádio. 
No mês passado, as cinco centrais receberam R$ 70,2 milhões da União por meio do imposto sindical. (Fernando Gallo na Folha de S.Paulo

Publicado ou Escrito por Chico Bruno







Um comentário:

  1. E será essa CUT, através do seu presidente, que conseguirá sensibilizar o senhor Lula para o drama dos participantes do Fundo Aerus...
    Você acredita?

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