quarta-feira, 14 de julho de 2010

Cubanos vão para a Espanha (complementando)

Dissidentes cubanos libertados chegam à Espanha

Dissidentes cubanos chegando em Madri
Um grupo de sete dissidentes cubanos e suas famílias chegou à Espanha nesta terça-feira para uma nova vida no exílio.
Estes foram os primeiros dos 52 prisioneiros e seus familiares que devem ser libertados segundo um acordo fechado na semana passada entre o governo cubano, a Igreja Católica de Cuba e diplomatas espanhóis.
A Igreja diz que 20 dos 52 dissidentes aceitaram a oferta de exílio na Espanha.
Segundo as autoridades, eles não são obrigados a ficar no país europeu e estarão livres para ir para onde quiserem. Tanto o Chile como os Estados Unidos já ofereceram asilo a eles.
Pelo menos três prisioneiros teriam dito à Igreja que queriam permanecer em Cuba.
Luta
"Somos o início de um caminho que pode ser o começo de uma mudança para o país", disse o grupo por meio de um comunicado lido no aeroporto madrilenho de Barajas.
"Para nós, o exílio é uma continuação da luta, e pode-se lutar de muitas formas."
“Esperamos que aqueles que permanecem em Cuba tenham a mesma liberdade que temos”, diz a mensagem.
A mulher de um dos dissidentes libertados, o jornalista Ricardo González, disse à BBC que uma das primeiras coisas que eles querem fazer ao chegar é uma longa caminhada juntos.
O ministro das Relações Exeriores, Celso Amorim, elogiou a decisão, afirmando que “aplaudimos o gesto do governo cubano porque achamos que isso aponta num sentido que deveria ser o certo e (espero que) as mudanças econômicas também venham com as (mudanças) políticas”.
Greve de fome
A libertação dos dissidentes anunciada na semana passada poderá ser a maior desta década na ilha comunista.
Todos os prisioneiros que devem ser libertados fazem parte de um grupo de 75 detidos em 2003 e condenados à prisão com penas variando entre seis a 28 anos. Os outros 23 prisioneiros já foram libertados.
Depois que o acordo foi anunciado, na semana passada, o dissidente Guillermo Fariñas, que estava à beira da morte, encerrou a greve de fome que mantinha havia 130 dias.
No domingo, um grupo de mães e mulheres dos prisioneiros políticos – conhecido como Damas de Branco – realizaram sua marcha semanal por Havana pedindo a libertação de todos os prisioneiros políticos.
Segundo a Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, havia 167 prisioneiros de consciência em Cuba antes da libertação deste grupo.
O governo cubano nega que haja prisioneiros políticos, descrevendo-os como criminosos financiados pelos Estados Unidos para desestabilizar o país.
Horas antes dos dissidentes partirem, o ex-presidente Fidel Castro, de 83 anos, apareceu na TV estatal pela primeira vez em 11 meses.
Em uma entrevista de uma hora e meia, Fidel falou sobre assuntos internacionais como Coreia do Norte e Irã, e voltou a atacar os Estados Unidos. Ele não fez qualquer menção aos prisioneiros.
BBC Brasil, 13 de julho, 2010 - 12:34 (Brasília) 15:34 GMT

"O ministro Celso Amorim elogiou a decisão". Ora, o que mais lhe restaria dizer, hein??...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-