segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Reminiscências de um aviador da Panair em Lisboa (e no Rio)


Adolpho Porta
Caro Jim, 
Fico-lhe sumamente grato pela divulgação do meu pedido, espero reatar minha comunicação com o amigo Manique através de seu blog. 

Como sou ainda"pixote" em matéria desses sistemas de comunicação social na internet, não me aventurei em divulgar minhas mensagens. Mas para ilustrar minha estada em LIS entre abril e junho de 1955, além das viagens mensais entre RIO e LIS desde 1954, quando fui aprovado para voar L49; 

Como não tinha nada a fazer, além de gastar os 28.000 escudos mensais que recebia naquela época, alem de frequentar a Feira Popular todas as noites, porque voava uma semana sim e outra não, descobri um novo esporte que não era praticado no Brasil, o arco e flecha. 

Na Feira Popular, não sei se ainda existe, conheci um marceneiro, Armindo, que tinha uma barraca à guisa de stand para a prática de tiro com arco. O Armindo convidou-me para frequentar o Glória Atlético, que fica na Ladeira da Glória onde existia um stand para a prática do tiro com arco, aos sábados, onde se reunia uma rapaziada para também tomar umas cervejinhas.


O interessante é que antes tinha tentado associar-me ao Benfica, que também tinha uma equipe de arco e flecha, mas me informaram que estrangeiros não eram aceitos naquele clube. Mas deixa isso prá lá.

Em função de interesses do Fluminense F.C., que mantinha contato com a Federação Portuguesa de Tiro ao Alvo, travei relações com o Capitão Silva, Presidente daquela Federação, que me forneceu o regulamento editado pela Federação Internacional de Tiro com Arco e comecei a divulgação desse esporte no Rio de Janeiro, tendo a primeira competição sido realizada no Stand General Dutra, na Quinta da Boa Vista, patrocinada pelo Club Carioca de Tiro e o Diário de Notícias, prova que foi realizada no dia 6 de novembro de 1955. 

Hoje já existe até a Federação de Tiro com Arco em Brasília, além de federações estaduais.


Foi o resultado do meu baseamento em Lisboa. Era muito divertido entrar nos ônibus com arcos e flechas na mão tudo virava circo. Bem, eu tive a colaboração do Waldemar de Oliveira, que tinha uma loja de artigos de caça e pesca na Rua Regente  Feijó, vinte e muitos clubes da zona Norte inclusive do Vasco da Gama. Bem, por enquanto é só.

Mas aproveitando o "gancho", fui particular amigo do Manoel Silva, ex-oficial de náutica da Marinha Mercante Portuguesa, que na época era gerente da agência da Pan American, que me fazia o favor de guardar no cofre da agência o meu salário para não gastá-lo todo.

2 comentários:

  1. Olá Jim, continue nesse seu trabalho de postar informações em seu blog, é muito legal para nós lermos.
    Forte abraço

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