sábado, 25 de setembro de 2010

Lindberg Farias, quem diria?, junta-se às vozes da razão

Lindberg Farias

“É um equívoco gigantesco esse o [de ver] golpismo da mídia. O clima tem de ser de distensionamento. Estamos [o PT e aliados] ganhando a eleição”.
Num momento em que setores importantes da esquerda anunciam aos quatro cantos um “golpismo” da mídia, tese adotada, com outro rótulo, pelo próprio presidente da República, a frase é de Lindberg Farias, ex-prefeito de Nova Iguaçu (RJ), candidato ao Senado pelo PT no Rio, em conciliadora entrevista concedida à edição de hoje da Folha de S. Paulo.
Lembram do Lindberg?
Vamos refrescar a memória de quem não se lembra.

Ele foi em boa parte responsável por botar na rua os estudantes “cara-pintadas” que chacoalharam o país durante as manifestações em prol do impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992. Era então presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
RADICAL DE CARTEIRINHA – Radical raivoso, espumante, de carteirinha Lindberg Farias acabou se elegendo deputado pelo PC do B nas eleições seguintes, em 1994. O PC do B, porém, era pouco, e ele migrou para o grupúsculo trotskista intitulado PSTU, quando participou de badernas de protesto contra privatizações durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), chegando a enfrentar a polícia.
Apesar de bem votado, não conseguiu se reeleger deputado federal por falta de votos na legenda do PSTU em 1998 nem chegar à Câmara Municipal do Rio em 2000. Filiou-se então ao PT, situando-se nas correntes mais à esquerda do partido.
“EQUÍVOCO GIGANTESCO” – Bom orador e muito bem apessoado, domesticou sua oratória esquentada, passou a dedicar-se a temas como a educação e venceu as eleições para a prefeitura de Nova Iguaçu em 2004, no segundo turno, se reelegendo facilmente, no primeiro turno, em 2008.
Renunciou em abril, como manda a lei, para disputar o Senado.
Agora, junta-se às vozes da razão a ponto de considerar um equívoco “gigantesco” esse suposto “golpismo” da mídia.
Ricardo Setti

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