segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Luiz Zidane Lula da Silva

Elio Gaspari

Para ficar na metáfora de Lula, seu comportamento ao comparar o ataque sofrido por José Serra no Rio ao teatrinho do goleiro chileno Roberto Rojas foi semelhante ao do jogador francês Zinedine Zidane quando deu uma cabeçada no zagueiro italiano Materazzi, em 2006.

Lula deve desculpas a Serra. Chamou-o de mentiroso sem ver os vídeos que reconstituem o incidente. Se os tivesse visto, não teria mentido, pois só uma pessoa desonesta (e as houve, muitas) não via que retratavam dois episódios distintos. Serra foi atingido duas vezes, por uma bola de papel e por um objeto mais pesado. A entrada de Nosso Guia no debate foi um golpe desleal, demagógico.

Se tivesse ocorrido um "dia da farsa", com Serra simulando uma agressão, teria havido uma malfeitoria de candidato. Infelizmente, o farsante foi Lula, no exercício da Presidência da República, função que está obrigado a honrar até o dia 1 de janeiro de 2011.

Criação: Stegun/www.fabricacarica.com.br
Lula 65

Neste final de campanha, Lula levou aos palanques um bordão imperial. Como completa 65 anos na quarta-feira, pediu, em pelo menos três comícios (no Piauí, no Pará e em Goiás), que os eleitores lhe deem a eleição de Dilma Rousseff de"presente de aniversário".

Noves fora a pobreza de associar o mandato de presidente da República a um mimo afetivo, o lance indica o grau de personalismo que Nosso Guia impõem à sua atividade política. Desde o Império, quando se festejava o aniversário de D. Pedro II (2 de dezembro), nunca na História deste país um governante transformou seu aniversário em efeméride política. 
Elio Gaspari, blog do Ricardo Noblat, 24-10-2010

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