quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Nunca antes neste país houve um presidente tão pouco ético


Peter Wilm Rosenfeld
Estamos nos últimos dias da campanha eleitoral na qual, em segundo turno, deveremos eleger o(a) novo(a) Presidente da República.
E é lamentável verificar como o nível moral dessa campanha baixou, o que se evidencia por vários aspectos, a começar pela ativa ação do atual Presidente, Sr. da Silva, que demonstrou à saciedade que seu nível moral e ético é dos mais baixos que o País conheceu, se não o mais baixo.
Um dos mais eminentes juristas brasileiros da atualidade, Sr. Helio Bicudo, que foi um dos fundadores do PT, dele se afastando exatamente pelo baixo nível moral a que o partido havia chegado, declarou há poucos dias que “a Presidência da República não existe só no horário comercial em dias úteis; é um cargo a ser exercido nas vinte e quatro horas do dia em todos e em cada um dos dias de seu mandato”(se as palavras não tiverem sido exatamente essas, esse era seu sentido).
Menciona, inclusive, que antigamente ao cargo se dava a designação de “o primeiro magistrado da nação”.
Nada disso se tem encontrado no Sr. da Silva. Considera-se Presidente apenas no horário comercial e em dias úteis. Nas demais horas e dias tem participado ativa a abertamente da campanha eleitoral, às custas de todos nós, já sacrificados pagadores de impostos.
Sua afirmativa, feita há anos passados, de que no Brasil não existiriam pessoas mais éticas do que ele, certamente foi um chiste, só que foi de mau gosto. Como ele mesmo diria, “nunca antes neste País, desde seu descobrimento, houve um Presidente tão pouco ético quanto ele”. Raia a beira do criminoso.
Não bastasse isso para manchar de forma indelével a lisura que deveria se verificar no processo eleitoral, a candidata do PT, Sra. Rousseff, possivelmente emulando seu chefe e líder, tem mentido de forma totalmente deslavada, acintosa, em quase tudo o que diz.

Isso tanto é verdade quando diz algo para desmerecer seu adversário como quando fala de seus próprios méritos ou feitos.
Aliás, devo fazer uma pequena correção: ela não só distorce a verdade como não se refere àquela que, possivelmente, seja sua mais notória e triste conquista: transformou a Casa Civil da Presidência da República na mais ostensiva “Casa da Mãe Joana” que o País poderia imaginar.
Mas analisemos outros tópicos do que afirma a ex-guerrilheira, a começar pelas privatizações.
Para os que têm memória, é mais do que sabido que o necessário e indispensável processo de privatizar a enormidade de empresas estatais realmente começou no triste governo do Sr. Sarney, de forma muito tímida. O grande impulso foi dado no governo Collor, que privatizou 29 empresas, inclusive todas as siderúrgicas controladas pelo governo (atualmente, todas são lucrativas e eficientes...).
No governo do Sr. Fernando Henrique foram privatizadas, entre outras e felizmente, as teles estatais. Graças a isso, hoje falamos diretamente com todos os países do mundo (e com todos os recantos do Brasil) sem qualquer problema. Telefones, quer fixos como celulares, são-nos oferecidos em promoções diariamente anunciadas pelas operadoras e pelo comércio em geral. A quantidade de linhas instaladas já beira a casa das 200 milhões!
A internet, comum ou em banda larga, está amplamente em uso. Há escolas que já planejam ter um computador para cada aluno!
Claro que isso não serve para um governo que está se voltando, cada vez mais, para o totalitarismo. Haja vista as amizades fraternais estabelecidas pelo Sr. da Silva com todos os ditadores das Américas, da África e alguns do Oriente, além de sua atuação de liderança no Foro de São Paulo.
Aliás, li hoje que para usar a censura aos meios de comunicação o PT estaria tomando como exemplo a Venezuela e o grande amigo Hugo Chàvez...
Voltando à verdade – ou a seu oposto, a mentira, da Sra. Rousseff, é revoltante verificar como as não-realizações dos dois PACs (1 e 2) são magicamente transformadas em realidade. Estradas, portos, aeroportos, universidades, escolas profissionalizantes, apoio à agricultura, às exportações, etc, etc, nada disso foi concretizado.  
Está tudo em papel, em planos (que muitas vezes existem apenas nas cabeças de certas pessoas...). Aliás, pequeno exemplo temos na criação de Universidades: o Sr. da Silva alardeia ter criado algumas dezenas!! Onde estão? Onde se localizam seus prédios, suas salas de aula? Onde estão os professores? Apenas nas cabeças (algumas certamente sem qualquer cérebro!) de alguns sonhadores.
Ah, e o famoso trem-bala Rio-S.Paulo-Campinas!!! Não há qualquer estudo sério, concreto, sobre ele. Sonhos, apenas sonhos, que se transformarão em pesadelos para os brasileiros que terão que pagar as contas desses sonhos! É muito “dim dim” para andar rolando por aí....
Para encerrar, volto ao tema das “liberdades”, perguntando: o malfadado Plano Nacional de Desenvolvimento Humano 3 (PNDH 3), concebido e patrocinado pelos Srs. Franklin Martins e Paulo Vanucchi, assinado pela Sra. Rousseff e pelo Sr. da Silva, já foi revogado ou ainda paira sobre nossas cabeças como a mais assustadora ameaça às liberdades e agressão à Constituição Federal.
Pergunto apenas por perguntar, pois tenho a certeza de que nem o Sr. da Silva nem, tampouco, a Sra. Rousseff, jamais pensaram em revogá-lo ou mesmo em alterá-lo de forma a eliminar as aberrações que contém.

Peter Wilm Rosenfeld
Porto Alegre (RS), 20 de outubro de 2010 

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