sábado, 27 de novembro de 2010

Eles têm pavor do FMI

CONSULTORES E CONSULTORIAS - 2
Podem encontrar-se exemplos caricatos de recurso a consultorias e a consultores. Este é um deles.
Há uns meses, foi substituído o Conselho de Administração (CA) do Metropolitano de Lisboa, uma empresa pública que sobrevive à custa dos contribuintes. Não apenas dos de Lisboa, mas de todo o País. Mesmo daqueles que, por exemplo, por nunca terem ido a Lisboa, nunca obviamente dele fizeram uso.
Como de costume, verificou-se rotação de “cadeiras”, melhor dizendo de sinecuras, entre os membros da Nomenklatura dos chamados gestores públicos. Saltou para Presidente do CA o gestor que antes tinha estado a presidir à gestão da CP.
Feita a substituição, a primeira preocupação dos novos-velhos gestores públicos foi obviamente para a re-decoração dos respectivos gabinetes, contemplando em geral a substituição dos seus mobiliários.Depois, como quem não sabe nada de gestão das organizações, e como desconheciam qual seria o melhor “modelo organizacional” para bem governar a empresa pública, vai daí, resolveram consultar os consultores de uma empresa de consultoria.

E visando o quê? Pois visando a “implementação de um modelo organizacional “ (já cá faltava a “implementação”….). Pelos vistos antes não havia. Pelos vistos não faziam a menor ideia de qual deva ser. Pelos vistos não era possível ir ali a Madrid, a Barcelona ou a Paris e ver o que lá se faz.

A feliz contemplada, por contrato de ajuste directo, foi uma consultoria com o majestoso nome de “Leadership Business Consulting”. A coisa custou tão somente 160 mil Euros. Uma pechincha. Ver aqui.
M.Saraiva Santos, blogue "quinto poder", 26-11-2010

Sede do FMI, Washington


Por estas e por outras é que as "autoridades governamentais" morrem de medo do FMI e vêm com esse papo de  patriotismo, soberania, etc...
Relacionado:
(...)
"Sobre o FMI, qual é o problema? Ele já cá esteve em 1977 e 1983. Se não estou enganado, para os trabalhadores sobrou só o confisco do subsídio de Natal... E por acaso o país ficou menos soberano? Claro que não! O FMI virá (estou torcendo) para colocar ordem na casa bagunçada. Quem a bagunçou foi o Governo, não o país, não os portugueses. Então, imagine, prezado leitor, o desespero (e o pavor) do atual primeiro-ministro ao ver (ou saber) desembarcar na Portela, Teresa Ter-Minassian. Será a divulgação da conclusão que ele, PM, foi incompetente. Daí esse desesperado apego ao ventilador, percebe?"
(...)

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