segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Chico, devolve o Jabuti!: Reinaldo Azevedo responde a Caetano Veloso


Queridos, vai um texto longo. As forças da reação estão assanhadas. Fazer o quê? Fica evidenciado que a firme determinação de calar qualquer crítica no país não se resume à política. Estamos diante de algo que começa a se anunciar como um sistema.

Caetano Veloso na capa da revista Rolling Stone Brasil,
 agosto 2007/ Divulgação
Em sua coluna no Globo deste domingo, Caetano Veloso resolveu entrar na polêmica do Prêmio Jabuti. Ataca-me e aos signatários honestos (mais de 10 mil) da petição “Chico, devolve o Jabuti”. Para evidenciar a minha desimportância, escreve errado meu nome, chama-me, obliquamente, “carola e grosseiro”, representante das “forças da reação”, e mente sobre o conteúdo da minha crítica àquela patuscada. Não é a primeira vez que faz alusão a um texto meu — pelo visto, ele anda lendo o blog. Ok. É uma relação desigual porque há muito tempo não ouço o que ele canta. Da outra vez, reclamou da expressão “esquerdopatas da USP”. Caetano pertence ao ADA do mundo das artes, espetáculos & celebridades. É um verdadeiro “amigo dos amigos”: sai em defesa de Chico e dá uma força a Luiz Schwarcz, dono da Cia. das Letras, que editou “Leite Derramado”, de Chico, e “Verdade Tropical”, de… Caetano. No texto que escreveu na Folha, Shwarcz sugeriu que eu não poderia ter criticado a premiação porque sou autor da Editora Record. Mas Caetano pode defendê-la porque é autor da Cia. das Letras. Entenderam ou não?

Farei um vermelho-e-azul com Caetano, sim. Relembro: fui, de fato, o primeiro a reagir. Mas não fiz a petição. Eu apenas a assinei e publiquei o link. Estava mais no terreno da brincadeira. Tornou-se coisa séria quando uma simples crítica a um cantor, romancista para alguns, transformou-se numa ofensa à cultura nacional e aos valores fundadores da pátria! Acho, ou achava, Caetano uma figura divertida. Ele tem, não é de hoje, faro para a polêmica. Está certo de que confronto de que ele não participa não vale. É uma questão de temperamento. No moço, o comportamento ambicionava a gravidade do “homem velho”; no “homem velho”, revela que persiste o que era fatuidade no moço. Caetano ainda não está certo de suja imortalidade… Deve ser apovarante quando se a deseja. Adiante. Ele em vermelho; eu em azul.

Estou excursionando com Maria Gadú (não sei por que o acento agudo no nome dela, mas sei que ela é um talento autêntico), de modo que, desatento aos rumores do momento, tomei susto ao ouvir que eu estaria entre os assinantes covardes da petição que rola na internet com o título - em tom de ridículo brado - “Chico, devolve o Jabuti!”. Só não me decidi a expressar reação escandalosa porque li que o nome do próprio Chico (sim, Chico Buarque) está também incluído.

Por que os assinantes são “covardes”? Serão covardes todos aqueles que assinam petições com as quais o compositor não concorda? Não é preciso ser muito sagaz para intuir que aqueles que se assinaram “Caetano Veloso” e “Chico Buarque” o fizeram com o objetivo de desmoralizar a lista. E a quem interessava tal desmoralização? Àqueles que realmente não se conformaram com a premiação? Está claro que não! Aliás, o Leãozinho não tente roubar o papel de maior vítima da petição, não! Como ela foi invadida por gente que se quer admiradora de Chico — de sua “arte” ou de sua “política”, tanto faz —, a pessoa mais atacada naquele troço sou eu. As “chiqueiros” transformaram o documento num show de horrores e agressões. É o que sempre acontece quando não se coloca um mata-burros na porta ou não se faz um filtro de caráter: os petralhas tomam tudo, emporcalham tudo, porque é essa a sua natureza.

A informação, dada pelo blog da Companhia das Letras, que edita o meu colega, diz que, por 17 vezes, o prêmio de Livro do Ano já foi para livros que não estavam em primeiro lugar em sua categoria. (Para quem não sabe, o argumento contra o prêmio dado a Chico é que “Leite derramado”, ganhador como Livro do Ano, não tinha ficado em primeiro lugar entre os livros de ficção: os ganhadores de cada categoria são eleitos por um júri de especialistas, e o Livro do Ano é escolhido por associados da Câmara Brasileira do Livro, que é quem criou o Jabuti.)

Blog da Cia. das Letras, é? Luiz Schwarcz foi o inspirador branco da depredação da lista. Foi ele o primeiro a alertar: “Há nomes falsos lá”, como a anunciar: “É possível postar falsas assinaturas; fiquem à vontade”. E os petralhas atenderam à sua solerte convocação. Ele já andava espalhando isso por aí em e-mails — não sabia que o fazia também por intermédio de um blog, que nunca li, obviamente. A síntese do imbróglio, feita por Caetano, é mentirosa — até porque repete a de Schwarcz. Sim, o prêmio permite essa excrescência, mas o motivo do protesto é outro: a imprensa já sabia o veredicto dos jurados tanto no Prêmio Jabuti como no Prêmio Portugal Telecom. Chico Buarque já havia vencido antes de concorrer.


Li em outro lugar que essa discrepância entre melhor de uma categoria e Livro do Ano aconteceu três vezes. Seja como for, volto a chamar de covardes os que se expressam na internet sob outros nomes, como fiz quando vi a guerra eleitoral exacerbar essa mesquinharia. E é no panorama mesquinho da guerra eleitoral que se inscreve ainda esse episódio. Não dá para saber se a motivação para a premiação nasceu dessa pequena política, mas é óbvio que a reação a ela vem daí e aí se esgota.

Eu também chamo de “covardes” os que se expressam na Internet sob outros nomes  — até porque eu não poderia ser mais claro nas minhas posições usando sempre o meu próprio nome. Caetano não é besta: a quem ele atribui a falsificação? Quem sai ganhando com ela? Quanto às motivações, dá para ter algumas pistas. Ao subir para receber a premiação, Chico foi ovacionado: “Dil-má/ Dil-má”.


Lê-se o Ronaldo Azevedo sobre o assunto e fica claro que não é de valores literários que se está tratando, mas de opor-se a um escritor que, sendo uma figura enormemente popular por causa de décadas de atividade como compositor de canções, pôs a força de sua imagem pública a serviço da candidata do PT à Presidência, quando a eleição desta se viu ameaçada pela renovação do embate no segundo turno.

Caetano gosta de nomes, mas erra o meu. É uma coisa tolinha de se fazer para um homem maduro. Talvez tenha lido outro. Sim, existe o caráter obviamente político da premiação, e não apontá-lo é fugir à verdade. Eu expressei aqui as minhas restrições à dita “literatura” de Chico Buarque e expliquei por que a considero sofrível. Para não repetir argumentos, segue o link. A acusação de Caetano, que repete a de Shwarcz — esse moço tem muitos amigos  e um bom catálogo de celebridades —, é só mais uma maneira de driblar o essencial (as premiações prévias de Chico Buarque) e de acusar a politização do debate , quando política foi a premiação.


Chico sempre foi apoiador do PT. Seu pai foi um dos fundadores do partido, e sua mãe era entusiasta de Lula. Inimigo preferencial da censura na ditadura militar, Chico não encontrou senão motivos para firmar suas posições de esquerda - e sua desconfiança dos defensores da liberdade que fecham os olhos para a vista grossa feita pelas nações poderosas quando os desrespeitos aos direitos humanos são praticados por seus aliados estratégicos de ocasião.

Todos os leitores deste blog leram que Sérgio Buarque de Holanda foi fundador do PT. Jamais entrei no mérito das motivações pessoais de Chico para ser de esquerda. Ele que se dane com seu esquerdismo de beira de piscina. Não tenho nada com isso. Só não creio que deva receber um prêmio literário — ou quatro — por isso. Quanto ao mais, ou Caetano faz humor involuntário ou está sacaneando seu “amigo” sob o pretexto de defendê-lo. Quem são esses “defensores da liberdade” que fecham os olhos para os países poderosos que ignoram os direitos humanos? Não sou eu, por exemplo. Ele está falando mesmo sobre Chico Buarque? Aquele que toca violão sobre cem mil cadáveres cubanos? Que jamais disse uma única palavra contra as agressões praticadas por países comunistas? Que saudava o “chocalho amarrado da canela” de sua “camarada do MPLA”, que lidera uma dos governos mais corruptos de uma das nações mais ricas da terra, mantendo o povo numa pobreza fabulosa? Caetano acha isso grosseiro, reacionário, carola ou os três? Ora… Mesmo quando se é Caetano Veloso, é preciso ter um pouco de pudor para argumentar.


Sei que eu próprio estou por vezes sob exatamente esse tipo de suspeita. Mas faço minhas contas e chego a minhas conclusões pela minha própria cabeça, agindo e manifestando-me de acordo e arcando com as consequências, inclusive a possibilidade de a realidade me provar errado no médio ou no longo prazo.

E por que outros tantos não podem fazer o mesmo no jornalismo, na sociedade? Caetano acredita que deva haver uma aristocracia das pessoas que podem emitir opiniões?


Não vejo o Brasil sem Chico apoiando Lula. Meu senso das proporções - que afinal é o que rege quem trabalha com formas artísticas mesmo as mais bastardas - impede-me de ignorar a energia histórica que há em configurações assim.

É o fácil falar difícil. Caetano é um bom letrista, mas seu lado de antropólogo amador é de lascar. Se clareza fossem dentes, ele seria uma boca banguela.  Esse palavrório parece querer dizer grande coisa. Sem definir o que quer dizer “energia histórica”, o trecho não faz sentido. Como “energia histórica” está, assim, na ordem do indefinível, o trecho não quer dizer nada mesmo. Como ele acha que se explicou o suficiente, o trecho seguinte começa com “portanto”!!!


Portanto, vi esse manifesto na internet como mais uma Marcha da Família com Deus pela Liberdade expressando-se de forma verbal. Não vi meu nome entre os assinantes (não fui olhar a lista de pseudônimos marchadeiras): apenas acreditei em quem me disse que ele estava lá. Indigna-me que brinquem assim com ele.

Caetano sempre foi um pensador amador — ele próprio já admitiu ter o miolo meio mole, o que já havia sido detectado por José Guilherme Merquior. Mas esperava mais dele. Brandir o espantalho da tal “marcha” para desqualificar adversários, quando se nota que está desinformado, é coisa de polemista vagabundo, de quinta. Está matando em 2010 o velhote inimigo que morreu em 1984!!! Esquece que ele próprio já foi, em certo momento, o espantalho. Tivesse consultado a lista — e escrito, pois, seu texto, com mais informação —, teria verificado que foram os ditos “amigos” de Chico que meteram lá o seu nome; os mesmos que me xingam a valer. Em linguagem  menos educada, não são muito diferentes de Caetano: “Reinaldo Azevedo nos ofendeu com a sua crítica, então vamos xingá-lo”. E percebam: a religião não entrou nessa polêmica em nenhum momento. Caetano resolveu introduzi-la. Ele acredita que devo ser demonizado também porque sou católico — sinônimo, obviamente, de “reacionário” quando não se é do tipo que faz aquelas rezas heréticas de Frei Betto…


Meu pai ficaria tão revoltado quanto o pai de Chico.

Então tá! O meu, creio, diria: “Vocês são bem grandinhos. Virem-se!”  Cresça, vovô! Ou, ao menos, aprenda a envelhecer!


Fiz questão de não votar em Dilma e de dizê-lo. Alegro-me por ter reagido duramente à arrogância eufórica de Lula durante a longuíssima campanha de sua candidata. E de nunca ter me submetido à pressão popular que quer fazer de Lula um pai eterno - nem à outra pressão, não propriamente popular, que faz do PT um representante das esquerdas e destas, uma posição religiosa dogmática.

Caetano sempre fez sucesso no mundo da polêmica porque não quer estar nem à esquerda nem à direita, mas acima — e sempre muito amigo dos amigos. Julgando que já hostilizou bastante a direita, então agora ele decide demonstrar que também não se alinha com o petismo. De fato, fez campanha eleitoral para Marina Silva, sintoma, já direi por quê, de confusão mental, não de clareza.


Detesto que me queiram confinar num ambiente mental que se excita com Chávez, se alimenta do sindicalismo operário e do corporativismo dos servidores públicos, indulge no ressentimento contra os Estados Unidos e desculpa o indesculpável no Irã. Mas menos ainda me identifico com reacionários carolas e grosseiros. Ou com defensores de privilégios assentados e indevidos.

Caso se refira a mim, “reacionário” e “carola” talvez, “grosseiro” acho que não. Vamos ver. Começo com uma observação prévia: o “mulato que fala português” (ver abaixo) deve andar batendo muito papo com Mangabeira Unger, daí a palavra inglesa “indulge” —  satisfazer-se, saciar, ser indulgente, condescender  (ou“indulge in”= entregar-se,  se dar a, deliciar-se…). A origem é latina. Em português, até rola um “indulgenciar” (Camilo Castelo Branco empregou…), mas nada de “indulger” ou “indulgir”..O trecho é de uma covardia intelectual espantosa, ridícula num homem de 68 anos, que deveria estar um pouquinho mais seguro de si. Prestem atenção!


Todas as críticas que Caetano faz acima se fazem diariamente neste blog, na contramão das conhecidas falanges do ódio. Aqui se ataca desde 2006 (quando o blog começou) a arrogância eufórica de Lula; seu paternalismo bocó; a idéia de que a voz do povo é necessariamente a voz de Deus; o chavismo; o corporativismo; o antiamericanismo vigarista; o alinhamento do governo com a tirania iraniana. Caetano é contra todas essas coisas, como sou. Mas ele o é por boas razões; e eu, pelas más!!! À diferença do que parece, está pagando pedágio à patrulha: “Olhem, não me confundam com a direita, hein?, com esse Ronaldo aí…” Ele se opõe a esses horrores porque é um bom rapaz; eu, porque reacionário. O nome disso é vigarice intelectual. Caetano quer o privilégio assentado e indevido de ser o monopolista das boas intenções ao criticar as esquerdas.

Dilma é o melhor resultado das eleições se pensarmos pragmaticamente. Serra não teria personalidade para enfrentar Lula como opositor. E Dilma está mais perto de Mangabeira. Quem sabe os planos ambiciosos deste para o Nordeste serão agora levados em consideração. E sua visão da questão amazônica. Não penso mais em Dilma como Dutra. Torço por ela. Torci até por Collor. Já consigo vê-la descolada de seu criador. Penso em como ela encarnará o destino que se desenha do Brasil.

É penoso ter de comentar opiniões políticas de um cantor. É claro que ele pode e até deve tê-las. O problema, no caso, é que não sabe o que diz. No ambiente de ignorantes ilógicos que o incensam, Caetano fala o que bem entende e passa por gênio também da política. Serra não teria personalidade para enfrentar Lula como opositor, certo? Assim, ele acha que a eleição de Dilma é um bem porque a criatura vai se descolar do criador ; vale dizer: ela teria personalidade para enfrentar Lula como aliada… Alguns chamarão isso de dialética, mas é só besteira.


Quanto a Mangabeira Unger… Caetano está entre aqueles que julgam ter entendido o que o professor quer para o país. Deve ser o único! Nem Mangabeira entendeu, já que denunciou o “governo mais corrupto” da República e era um seu ministro pouco tempo depois.  O curioso nessa história toda é que o cantor fez campanha para Marina Silva, do PV. Dilma e Mangabeira são os dois motivos principais por que a senadora deixou o ministério de Lula — e depois o PT. Lula entregou a Coordenação do Plano Amazônia Sustentável (PAS) para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, e Marina detestou a projeto de Mangabeira. Por uma questão de honestidade intelectual, tenho de destacar que a proposta dele fazia mais sentido do que o discurso dela  — mas até uma litania em búlgaro arcaico faz…

O Brasil está me parecendo um lugar ruim nesta semana de tardio reconhecimento por parte do governo do estado do Rio da relação entre a criação das UPPs e os atos paraterroristas das facções criminosas (então Cabral e Beltrame não tinham nenhuma mirada estratégica?).

Vejam que coisa! Caetano concorda comigo nessa questão. Mas os motivos dele certamente são bons, e os meus, maus. Afinal, ele tem de avisar aos progressistas que pagam ingresso que ele, não sendo um petista, também não é um desses reacionários…


Vejo ainda longe a superação do horror que é haver pobres presos sem julgamento, prisioneiros provisórios jogados no lixo tóxico das prisões, essas heranças horrendas dos porões dos navios negreiros. Quando canto com Gadú, ela com 23 e eu com 68 anos, sinto fisicamente a História. E, diante das amarguras da nossa vida, percebendo as plateias sentirem a História na carne também, comovo-me. Quase desanimo. Mas gosto da vida e nasci aqui, falo português, sou mulato: minhas esperanças estão atadas à existência do Brasil. Nem mitos esquerdistas nem a retórica da reação me desviam da trilha que vejo de onde estou.

Caetano vê uma trilha clara para o país, apesar da dor. Que bom! Malditos são os outros  — reacionários porque, afinal, contestam um prêmio que já estava concedido a Chico Buarque antes mesmo que se soubesse o resultado da votação. O fim do texto é patético. José Maria Eymael, o eterno presidenciável do PDC, era mais criativo: “Nem o comunismo que esmaga a liberdade nem o capitalismo que não promove a Justiça”.


Não seria difícil apontar que Chico Buarque endossa todos — sem exceção —  os mitos esquerdistas daqui e de fora. Em recente pronunciamento em favor de Dilma, afirmou, referindo-se ao governo FHC, que aquele era um governo que falava “fino com Washington e grosso com o Paraguai e com a Bolívia”, o que é um boçalidade. Caetano não quer papo com essa história.  Certo! Eu desafio o “mulato que fala português” a demonstrar que eu “induljo” — a conjugação é essa, mestre? — nas ou com (qual é a regência do verbo?) as forças da reação.

A história também se faz e pulsa fora dos palcos. Em 1977, eu militava num grupo trotskista havia mais de um ano já, e Caetano lançou o disco “Bicho”, que trazia a música “Odara”. As esquerdas detestaram e tomaram como um símbolo da alienação do cantor. Afinal, corríamos riscos ao combater a ditadura, e ele ficava lá com aquelas frescuras… Convivo ainda com amigos que me conhecem desde aquele tempo. E sabem que eu considerava aquela crítica uma boçalidade. Ao contrário: eu já achava que cantor fazia bem em cantar, dançarino em dançar, e Caetano em caetanear, entenderam? Sempre detestei a contaminação do domínio da arte, mesmo a mais bastarda, por aspectos e valores que lhe são estranhos.

Reacionária é a justificativa do mal em qualquer momento da história, senhor Caetano Veloso, e eu o desafio a demonstrar que algo em algum texto meu faça essa escolha. O velho polemista resolveu atender a um pedido de socorro de seu editor (que perdeu a batalha; ou o Jabuti muda ou já era), pegou a rabeira de uma polêmica cujo conteúdo ignora, falou besteira e evidenciou o lado covarde de sua propalada coragem.  Incidiu no mais manjado, vulgar e vigarista dos truques, aquele que acho mais desprezível: só consegue falar mal das esquerdas se antes pagar pedágio aos aiatolás anunciando: “Mas não me confundam com a direita!”
Título e Texto: Reinaldo Azevedo

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2 comentários:

  1. Sem comentários,esse Sr. deveria chamar-se Reinaldo ''Azedo''. Apenas mais um aparelho humano comprado pelo ''pig'', a serviço de psdb ,e , ou ''dem'' sem credencial alguma para falar de Chico ou Caetano,muito menos de dilma ou Lula apenas mais um ''zero á esquerda'' do tablóide ''veja'' ...`Ponto!

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  2. Cada um opina o que tem em mente. O cabeludo aí acima deve ser fã dos ignóbeis Caetanos e Chicos da música brasileira;Por vezes uma música de determinados maus caracteres pode ser endeusada, mas nunca divinizar seus autores malévolos de comportamento e opiniões pessoais. O comunismo e o socialismo faliram porque são corruptos, comprovados pela falência do estado russo que os czares do petróleo compraram diversos clubes e empresas pelo mundo, enquanto o povo fica envolto no famoso pão e circo de Putin, que já havia enriquecido muito antes do governo comunista russo cair. A Rússia não é muito diferente do Brasil, a maquina pública está super lotada, e falta segurança, saúde, e mobilidade urbana, além de tentar escravizar seus vizinhos novamente, principalmente àqueles que tentam aderir a zona do euro.
    PIG é abreviatura da imprensa governista, que através da Petrobrás, da CEF, do Banco do brasil e dos correios, escravizam toda a mídia brasileira, com a chantagem de não patrocinarem mais os ditos cujos. Esse governo esquerdo pata gasto no ano passado o dobro do investimento em saúde somente em propaganda. Zeros à direita também não valem nada, acontece que o governo Dilma e do boneco mambembe de garanhuns(pessoa que não se deve pronunciar o nome ou apelido) Gostam dos zeros a direita preferencialmente após algarismos que signifiquem bilhões. Eu tenho como premissa que todos os partidos brasileiros merecem a mesma guilhotina de Marat ou Robespierre.
    Todo mundo rouba e é corrupto, e fico entristecido que alguns brasileiros ainda levantem bandeiras vermelhas de sangue inocentes. A arrogância desses empolados de solidariedade para com seus próprios sabores, acham maldades as verdades ditas por quem não compartilha do assistencialismo baseado na subserviência. São escravos do poder ou da ignorância, ou fazem de seus cometários vantagens pecuniárias.
    Ninguém precisa de credenciais para falar de pessoas públicas isso é marxismo sem nexo. Tem uma frase da época desses lutadores pela liberdade:
    - Brasil AME-O OU DEIXE-O.
    Nada mais sutil que dizê-las nos dias de hoje.
    Gostaria que os petralhas amassem mais o Brasil, ou então abandoná-lo e irem para Cuba, quem sabe a Coreia do Norte, talvez a China onde é o reduto produtivo de alguns empresários e empreiteiros brasileiros.
    Nunca os banqueiros e empreiteiros estiveram tão satisfeitos com um governo estelionatário como esse. E se alguém falar do PROER do FHC não esqueçam do banco Pan Americano comprado pelo governo do retirante.
    PONTO...

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