domingo, 21 de novembro de 2010

A Rua de traçado curvo é caminho de animais, a rua direita é caminho de homens.

Hilda Pereira Torres
Os animais submetem-se à natureza e vivem obedecendo aos seus instintos que são um dom da natureza. São esses instintos, aliados a sentidos muito mais desenvolvidos que os nossos, que lhe indicam aonde existe comida e água para a sua sobrevivência, da mesma forma que os guiam e os avisam dos perigos (outros animais, homens ou, até mesmo, catástrofes naturais). Sendo a natureza tão generosa para com eles, seria pouco ajuizado, da parte deles, não respeitá-la.
Talvez por ser o mais indefeso dos animais criados pela natureza, o homem precisou desenvolver uma arma muito poderosa que lhe permitisse suprir a sua inferioridade: o lado esquerdo do seu cérebro, onde estão situados os centros nervosos do raciocínio lógico. E juntando A + B + C + D que o homem decidiu que a natureza era sua inimiga número um. Mais E + F e ele chegou a conclusão que a melhor defesa era o ataque e que ele precisava dominar a natureza se quisesse sobreviver.
Em milhões de anos, ele conseguiu dominar os elementos e cada vitória tornava-o mais convencido da superioridade do raciocínio lógico sobre os instintos e portanto a sua própria superioridade sobre a natureza. Todo o universo tinha sido criado unicamente em seu proveito e para que ele o submetesse a sua boa vontade.
Uma das primeiras evidências que se apresenta a um raciocínio lógico é que “ a linha recta é o mais curto caminho entre dois pontos”.
Ora a natureza estava mesmo mal feita, cheia de rios e lagos, montes e vales, florestas atulhando o caminho entre dois pontos. O homem com a sua inteligência, está pouco a pouco a pôr cobro a tanta anarquia. Arrasa-se um monte, aterra-se um lago, desvia-se um rio, inunda-se um vale, derruba-se algumas florestas e pronto!
Próximo capítulo daqui a alguns anos.

Hilda Pereira Torres

Três girafas Masai bebem água em um reservatório do santuário. Nessa posição, as girafas tornam-se muito indefesas, pois não podem se levantar em um movimento só. Foto: Haroldo Castro. Blogue Viajologia: http://colunas.epoca.globo.com/viajologia/2009/05/

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