domingo, 29 de maio de 2011

Corruptocracia de covardes

Geraldo Almendra
Quem o ex-presidente Lula e a presidente Dilma pensam que estão engando dizendo que o ministro Palocci vai dar os esclarecimentos de sua absurda multiplicação de riquezas aos órgãos controlados que não controlam e são dominados pelo corporativismo sórdido que protege o ilícito praticado pelos canalhas dos lobbies que habitam o poder público para ludibriar que o sustenta, tendo a cara de paisagem de uma Justiça degenerada no palco da canalhice nacional?

Antonio Palocci e Dilma Rousseff, 26 de maio de 2011, foto: Marcelo Camargo/Folhapress
O ex-presidente e a presidente não precisam ficar praticando a politica da hipocrisia, e da leviandade, destilando enganações para uma sociedade que tem se comportando como covarde diante de um poder público cada vez mais próximo de um Covil de Bandidos depois que o país foi entregue nas mãos dos esclarecidos canalhas que, juntos os patifes da política, transformaram o Brasil em um Paraíso de Patifes.
Ao permitir que o ex-presidente apague os incêndios do seu desgoverno, a presidente Dilma assina em baixo de sua absoluta incompetência no exercício de suas funções e confirma as suspeitas de que não passa de um fantoche do projeto de poder perpétuo do PT.

Mais grave ainda foi a chantagem feita pela bancada dos evangélicos pedindo que fosse sustada a distribuição dessa sacanagem com as crianças, que é chamada de kit gay, dando em troca o silêncio em relação ao escândalo Palocci. É assim que vive a política brasileira, não preocupada com a sociedade que a sustenta, mas em fazer a prática de acordos para que a canalhice praticada dentro do poder público não venha à tona e a impunidade premie cada vez mais o praticante compulsivo do ilícito.
A maioria dos políticos do nosso país é tão desprezível que não foi o escândalo da distribuição de kits gays para crianças a partir de nove anos que os motivaram a se voltar contra esse projeto absolutamente covarde que atinge as gerações futuras, mas a possibilidade de fazer barganhas espúrias para não exigirem as explicações devidas do ministro Palocci diretamente para os que sustentam com mais de cinco meses de trabalho um poder público sem-vergonha.
Um ministro de Estado deveria ter a mínima dignidade de permitir que a sociedade e não apenas os “órgãos controladores” tomassem conhecimento de seus atos que não podem ser secretos no que diz respeito a tudo que o coloca sob a suspeição pública de que não passa de um prevaricador sem-vergonha por forças de tantas denúncias.
Os lobbies praticados pelo alto escalão do poder público, durante e depois de deixarem seus cargos, são crimes contra a sociedade, pois se destinam a enriquecer uma corja de patifes que se aproveita das relações público-privadas meliantes para tirar vantagens financeiras e formar um cinturão da prática do ilícito em torno do poder público.
O Ministro Palocci ao não repassar para o Ministério Público o nome de seus clientes, como foi solicitado, assina também em baixo de sua culpabilidade, além de simplesmente tratar os “órgãos controladores” como idiotas e imbecis, assim como os desgovernos civis têm tratado a sociedade dos que não são cúmplices da corrupção e da prevaricação.
Uma presidente que defende politicamente pessoas envolvidas em denúncias de escândalos não é digna do cargo que ocupa.
A presidente de um país com um Poder Público digno, no mínimo, deveria manter uma posição neutra deixando que “os órgãos controladores”, mancomunados com uma Justiça que não merece esse nome, cumpram o seu papel sujo e corporativista de evitar que os crimes de corrupção e prevaricação sejam rigorosamente investigados quando atingem os corruptos que servem ao petismo.
Uma correta postura evitaria que ficasse tão evidente, que o Poder Executivo desonra suas funções públicas e suas responsabilidades com os contribuintes que o sustenta, ao perder a visão de seu verdadeiro papel constitucional, para fazer acordos políticos em defesa de funcionários públicos de primeiro escalão que são denunciados por crimes contra os contribuintes.
No Brasil existem alguns três tipos principais de covardes no que diz respeito à reação da sociedade perante sua degeneração moral provocada pelas ações de corruptos e prevaricadores.
O covarde ignorante: são as vítimas da falência cultural e educacional provocada pelas ações dos desgovernos civis durante a fraude da Abertura Democrática e que não têm consciência crítica para perceber que não passam de idiotas e imbecis nas mãos de estelionatários da política.
O covarde omisso: aquele que presencia pelos meios de comunicação as ações do Covil de Bandidos, mas prefere se comportar como um avestruz com medo de retaliações ou por ignorar completamente suas responsabilidades no pleno exercício de sua cidadania.
O covarde cúmplice: o que se aproveita de qualquer oportunidade para também pegar uma “boquinha” na degeneração das relações público-privadas.
O poder arrogante e bandoleiro que controla o país precisa urgentemente ser combatido, pois os limites da zombaria da ética, da honra, da dignidade e das leis – da Justiça – já foram ultrapassados.
Uma sociedade não tem o direito de entregar seus filhos e suas famílias nas mãos de uma nova burguesia público-privada que sistematicamente e diariamente brinda os palhaços e idiotas dos contribuintes com escândalos cada vez mais grotescos, contando com a impunidade ou prisões temporárias apenas para fingir que a Justiça ainda funciona no país.
Geraldo Almendra, 28-05-2011

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