sábado, 21 de maio de 2011

Debate decisivo: Passos Coelho, do PSD X José Sócrates, do PS - 20 de maio de 2011


Está aí o vídeo do debate para quem quiser ver ou rever.
Enquanto acontecia o debate eu estava assistindo à peça de teatro, “A ORGA”, que tem o meu neto, Daniel Torres,  como um dos atores. Programei a ZON HDD DVR para gravar o debate. No entanto, quando cheguei em casa, fui logo ligando a TV… e de trechos em extratos, de comentadores em comentaristas, antes de adormecer já tinha assistido ao debate na íntegra.


Antes de dividir a minha singela opinião deixo alguns apontamentos midiáticos:

Sócrates aponta contradições, Passos responsabiliza PS”, escreveu o Público, ontem, logo após o debate.

O bom escuteiro ganhou
Quem esperava um Passos Coelho vestido de bom escuteiro, suave e ligeiramente baralhado, enganou-se. Até ontem, o candidato do PSD tinha perdido todos os debates. A expectativa era baixa, quase inexistente. Podia, de facto, ter sido penoso. Não foi. Não só Passos resistiu, como encontrou finalmente a forma de se mostrar cortês sem parecer assustado. Educado, sem parecer permissivo. Simples, sem parecer impreparado. É verdade que Sócrates o pressionou na Saúde com os famosos co-pagamentos. É também verdade que o candidato do PS conseguiu passar grande parte do tempo a atacar as propostas do adversário, procurando assim evitar o choque com a terrível realidade do País. No entanto, Passos aguentou-se. Não só porque que se esperava pouco dele, mas porque pela primeira vez nesta sequência de debates foi o único candidato que nunca deixou Sócrates fugir às responsabilidades pela situação do País - "700 mil desempregados", disse e repetiu ao longo do debate. Sócrates ouviu e calou-se. E perdeu.
André Macedo, Diário de Notícias, 21-05-2011

No jornal "i":
Os comentadores deram-no como vencedor do embate frente a José Sócrates e Passos Coelho, que não comenta sondagens, ficou satisfeito com o resultado do embate frente ao principal adversário. Por terras que votam mais à esquerda, Passos começou o dia de campanha com "bom ânimo", disse. Depois de uma visita ao mercado de Setúbal - onde o candidato falou com toda a gente que se aproximou dele - Passos diz ter-se sentido "bem com o debate" e que depois deste "momento relevante da campanha", é "importante partir para esta fase com bom ânimo". Mesmo assim o líder do PSD considerou que no debate não "se ganham nem se perdem eleições" mas que uma boa prestação "ajuda a ganhar e a perder".
(…)
Jornal “i”, 21-05-2011

Voltei
Então, como eu dizia, antes de adormecer, já havia assistido ao debate. Fiquei surpreendido, confesso, com a perfomance de Pedro Passos Coelho. Gostei muito!
Era visível a “preparação” do engenheiro Sócrates, ainda primeiro-ministro: mostrou gráfico, que se olhado com atenção e serenidade, enxergávamos a já ascendente linha da dívida externa antes da rejeição do PEC IV, e muitos parágrafos do programa eleitoral do PSD assinalados em amarelo. Não vi parágrafos do programa eleitoral do PS assinalados em amarelo, nem em rosa. Tenho sérias dúvidas se o secretário-geral do PS conhece o programa eleitoral do partido dele tão bem quanto mostrou conhecer o programa do PSD. Era visível a intenção do engenheiro: atacar, constranger o adversário político. Não em debater fosse o que fosse. Deu-se mal, na minha opinião. Que é suspeita, pode ser, desde o momento em que me deixei dominar por uma visceral aversão a um governante que comanda a queda, lidera a derrocada, recebe o FMI e diz que o “outro” é que é culpado! Noutras latitudes esse governante seria penalizado pelos eleitores, aqui arrisca a ser premiado. Eu nunca vi nada igual! E ainda alimenta estes sintomas de loucura, atacando o oponente de uma forma torpe, qual seja a de atribuir intenções, as mais malévolas possíveis, a declarações e propostas eleitorais do PSD.
Portanto e por tudo isto, gostei muito do (Doutor) Pedro Passos Coelho. Que seja ele a “delendar” o Sócrates, eu vou adorar!
Saudações! E até já!

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