Valter Ricardo
Aos excelentíssimos senhores
dos poderes Executivo, Legislativo e demais instituições da República
Federativa do Brasil, eu dedico estas minhas considerações. Todavia as faço
como um grito de alerta, para que despertem a tempo de impedirem um holocausto,
que pouco a pouco está em regime de fomentação e consequentemente sendo imposta
aos trabalhadores, futuros aposentados e previdentes desta grandiosa Nação,
corrigindo a nefasta iniquidade aplicada a estas categorias.
Sou cônscio de que esta nota
não é extensiva a muito dos senhores. Entretanto a turma do contra é sem dúvida
majoritária, exagerada e crítica. Mas haveremos de vencê-los.
Aparentemente, ou na primeira
observação, podemos concluir que uma destas classificações presente no título
desta redação, ou todas, podem ser aplicadas aos nossos políticos ou àqueles
que detenham em suas mãos, grandes decisões. Pois vejamos, há um assunto
extremamente polêmico em trâmite neste país, que pelo tempo em discussões ou
apenas dissimulações e controvérsias, estão chegando às fronteiras do
insuportável, que é o grande desfalque que submeteram os aposentados,
pensionistas e trabalhadores, futuros aposentados, por quando das subtrações de
seus direitos adquiridos ao longo dos tempos.
Mas um olhar mais cuidadoso
percebe-se que a falta de ciência ou de saber (ignorância), não é o caso, pois
a maioria que ocupa aqueles cargos são possuidores de uma excelente formação
intelectual. Minha tendência é acreditar no servilismo, condescendência,
bajulação ou na índole desumana, cruel, que habitam o interior destes homens, e
o mais triste de tudo, é por interesses pessoais.
Recuso-me acreditar que eles
são tão ignorantes ao ponto de se convencerem que estas categorias estão
totalmente erradas sem suas reivindicações; e se o estado ceder, assim o
pensam, haverá uma quebradeira geral, especialmente no RGPS. Isto é
inaceitável, pois se realizarem uma responsável auditoria nas contas da
previdência social, com absoluta certeza encontrarão os fatos reais, que na
verdade não são estes apontados pelo governo, sua base, parte dos meios de
comunicações e tantos outros desavisados, onde afirmam implacavelmente a
existência de um grande rombo nessa instituição estatal. As mazelas
arquitetadas por eles, não tenho dúvidas, pertencem a um corporativismo
antisocial ou de intenções que visem apenas se locupletarem dos direitos
alheios.
Os escândalos,
corrupções varrem o Brasil em todos os meios e escalões
Desmandos em geral, maus
gerenciamentos das entidades públicas, causando muitas vezes a impressão que os
problemas os quais elas enfrentam ou poderão enfrentar são causados por agentes
que elas próprias geram. E na verdade é muito pelo contrário. O exemplo
claríssimo deste fato é o que vem acontecendo com o RGPS. Acusam de
deficitário, enquanto já foi provado de que não o é. E as provas são evidentes:
“desvios de vultosas importâncias, ou por corrupção ou para amparar outros
seguimentos, que em nada tem a ver com esta entidade, quando ex-contribuintes
(urbanos) subsidiam da previdência rural”, e que em boa parte das receitas a
este especifico sub-regime gozam de renúncias previdenciárias absurdas. Nada
temos contra estes trabalhadores que acordam antes do sol nascer e retornam aos
seus lares quando o sol se põe, pois trabalham não só para as suas necessidades,
mas também para manter os estoques alimentícios do homem urbano em fartura e
qualidade. Só que a quase totalidade nunca contribuiu para a previdência, mas
mesmo assim tem o direito igual ou maior em bem estar do que os trabalhadores
urbanos que contribuíram compulsoriamente. Entretanto quem os deve custear o
necessário assistencialismo e a limitação da pobreza é o Tesouro Nacional, ou
seja, a sociedade como um todo e não os contribuintes do RGPS. Este fato é um
dos meios que convergem no sentido de onerar e derregar a previdência social
urbana. Isto é apenas um exemplo entre vários outros existentes.
Em razão de tantos
desencontros para oportunizar uma solução definitiva a esta nobre parcela da
população frisa-se que os ex-contribuintes e atuais aposentados estão perdendo
a dignidade proporcionada pela indiferença e discriminação das autoridades.
Perdem o poder aquisitivo, que a cada dia que passa, aproxima-os da
miserabilidade. Estudiosos sociais e previdenciários revelam a desoladora
realidade de que a cada ano, aproximadamente 250 mil previdentes tem seus
proventos rebaixados a um salário mínimo. Isto é uma crueldade, visto que
muitos contribuíram sobro o teto.
Faço aqui meu apelo às
autoridades deste “promissor país” para que esta injustiça cometida a estes
homens que muito contribuíram para o crescimento ordenado do Brasil seja
revista, com um olhar humano, responsável restituindo o que lhes são de
direito. Isto é uma questão de resgatar a soberania destes cidadãos em todos os
aspectos, seja material e moral. Ao que eu saiba nossos líderes políticos não
são iguais àquele símbolo representado pelos macacos que nada vem nada ouvem e
nada falam. Não foram estes os cidadãos que lá encaminhamos com a credibilidade
de nossos votos nas urnas. Onde está a sensibilidade destes homens que não
enxergarem tamanha injustiça social?
Título e Texto: Valter Ricardo
(aposentado), Rio Grande – RS - Julho de 2011
Obs: Apesar de aprovada em
2010, a CPI da Previdência com vistas a expor seus dados, sua arrecadação,
dispêndios e procedimentos em relação a demonstração de resultados de todos os
Regimes Previdenciários, não foi instalada até a presente data e nem mesmo
perspectivas de ocorrer. A base governista orientada pelo Executivo e com
expressa subserviência dos líderes das Casas Legislativas, não permitem que o
debate prospere e a Comissão seja efetivamente instalada.
Enviado por Movimento Brasil Dignidade
Brasil Dignidade
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