Recentemente li um texto com
sugestões para nos livrarmos de todos os números e relógios, não nos
preocuparmos com idade, altura e peso, dizendo serem essas algumas das atitudes
práticas que todos deveriam tomar para viver melhor. Normalmente sequer prolongo
leituras com esse tipo de tema, mas como alguns pontos descritos logo no início
do texto me chamaram a atenção, resolvi continuar.
O texto dizia que,
independente dos motivos, existem pessoas que estão sempre reclamando de algo e
principalmente culpando terceiros pelo que lhes ocorre, propositadamente não se
lembrando que nasceram e morrerão sozinhas e todos os resultados obtidos
durante suas vidas são frutos de sua inteira responsabilidade, por escolhas e
opções tomadas, de atitudes e caminhos escolhidos.
Pessoas assim são companhias
indesejáveis, pois só nos trazem aborrecimentos e nunca nos provocam sorrisos.
Como não existem motivos que nos façam conviver com outro se não desejarmos,
estando acompanhados de pessoas que possuam desejos e objetivos semelhantes aos
nossos certamente teremos mais chance de viver com menos atribulações e sermos
mais felizes.
Perguntado por uma médica o
que pensava que acabaria com seu estresse o paciente respondeu que só se
ganhasse na loteria ou na sena por duas vezes seguidas. A médica que conhecia
seu paciente riu e disse que certamente aí sim é que ele se estressaria mais,
pois iria adquirir mais coisas, teria mais trabalho e o seu modo de vida não
mudaria, pelo contrário, aumentariam as possibilidades de problemas.
São aquelas que permanecem em
constante estresse, se autodestruindo. Em determinadas ocasiões todos se
queixam de algo que lhes ocorreu, mas alguns sempre ultrapassam seus problemas
com mais facilidade que outros, pois a maneira de se encarar os fatos é que
permite ou não que aquilo o afete emocionalmente e muitos conseguem não ser
afetados.
Existem, porém, pessoas que
mesmo magoadas, tristes ou apreensivas com algo, buscam estar sempre sorrindo e
não deixando transparecer o que realmente sentem naquele momento, mas essa
tática normalmente provoca outros sentimentos, ainda mais dolorosos e piora o
quadro daqueles que a utilizam.
Terceiros não devem ser
incomodados com o que é um sentimento exclusivo, nosso, mas isso não significa
que devemos ter de demonstrar algo diferente daquilo que estamos sentindo, pois
todos passam por bons e maus momentos, alegrias ou tristezas e não há motivos
para esconder isso.
O que já passou não pode ser
mudado e a não ser como aprendizado não há porque ficarmos nos lembrando do que
não gostaríamos que tivesse ocorrido. Precisamos encontrar caminhos que de
algum modo nos levem a reparar os erros já cometidos, não cometer outros iguais
e perdoar – ou pelo menos esquecer-, aqueles que de alguma maneira nos
magoaram.
O trabalho, os compromissos e
as contas nos cercam diariamente e nunca deixarão de existir, mas a tensão por
eles provocada pode ser amenizada se a música, esportes, pescaria, qualquer
hobbie ou um bate papo numa roda de amigos fizerem parte da nossa vida como um
refúgio, pois são atitudes simples e que sempre provocam prazeres e aliviam
nossas preocupações.
“As emoções devem ser vividas
sempre, pois nunca nos lembraremos da quantidade de vezes que respiramos, mas
dos momentos intensos que vivermos, quando esta respiração nos faltou” foi o
que já li certa vez.
Com a natureza deveríamos aprender que as dificuldades encontradas
precisam ser resolvidas com menos ansiedade, que rir e chorar faz parte da vida
e ninguém será feliz praticando somente uma dessas ações, pois ela diariamente
nos mostra que depois do dia sempre virá a noite e isso jamais mudará.
Título, Imagem e Texto: João
Bosco Leal, 15-07-2011
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