terça-feira, 19 de julho de 2011

Rabo preso e impunidade – II

Geraldo Almendra
Somente os ignorantes ou os omissos patriotas quase mortos não entendem o fenômeno da impunidade avassaladora de corruptos e prevaricadores: o suborno em grande escala – iniciado no desgoverno FHC com o projeto de reeleição e consolidado no desgoverno petista com o projeto mensalão – transformou o Brasil em uma República de Gangsteres, provocando naqueles que são pegos no ato ilícito uma postura implícita ou explícita de guarda fechada, que os transformam em arquivos vivos ameaçadores, quando diante do fantasma de uma justa condenação, demonstrando suas potencialidades de entregar para a Justiça ou para a opinião pública seus cúmplices, seus subornadores ou seus mandantes.

Como os assassinatos pontuais tipo Celso Daniel entre outros que o seguiram são muito perigosos na altura do campeonato de quem rouba mais, o jeito é ampliar quase sem controle a impunidade, fazendo acordos no submundo do poder público, nos seus diversos escalões, para que todos, ou a maioria, saiam ilesos para continuarem roubando sem limites os contribuintes que trabalham mais de cinco meses por ano para bancar a vida nababesca dos canalhas que fizeram do Brasil um Paraíso de Patifes.


Os que não conseguem se livrar da “Justiça” não se arrependem, pois a grana que colocam no bolso das várias formas possíveis, paga a desconstrução de suas mentiras e falsos valores de homens públicos, e até de uma eventual prisão temporário. Os bois de piranha acabam não tendo que reclamar, pois essas piranhas safadas não os matam, apenas os fazem ficar mais ricos.

O caso do Ministério dos Transportes demonstra que nem a presidência da República escapa da chantagem da corrupção, pois quem é eleita como indicada pelo mais sórdido político da história do país, um verdadeiro gangster do submundo da promiscuidade da política, deve ter que pagar um alto preço pelo estelionato eleitoral praticado para que conseguisse ser eleita. Os acordos com ladrões sempre acabam cobrando os seus dízimos...

Quanto mais iminente o desabamento do castelo de cartas da degeneração do poder público durante a gestão do PT, mais motivação tem tido o ex-presidente Lula para fazer tudo e mais alguma coisa para preservar o equilíbrio entre os desejos de todos os ladrões que compõem as diversas facções da corrupção e da prevaricação que dominam as relações públicas e privadas.

O objetivo é muito óbvio: o governo de sua indicada precisa ser preservado a qualquer custo, assim como foi a sua eleição, sendo que a subida de seu padrinho em qualquer palanque que surja é inevitável, até porque o Retirante Pinóquio tem consciência de que se o castelo cair uma das cabeças a rolar será justamente a sua, pois não existe prescrição para os crimes de lesa-pátria, corrupção ou prevaricação já cometidos quando da eventual queda de um dos mais degenerados poderes públicos que o país já teve.

– Será que a Itália iria conceder asilo para quem soltou no Brasil um dos seus mais perigosos terroristas e assassinos, que foi condenado à prisão perpétua naquele país?

Sem problema, pois Cuba ou a Venezuela lhe receberiam de braços e bolsos abertos.

Os milhares de mortes causadas pelo desvio do dinheiro dos contribuintes para o enriquecimento dessa gente sórdida nunca poderão ser perdoadas nem nunca anistiadas.

O que poderá destruir a base aliada no seu equilíbrio no poder mais corrupto de nossa história será muito mais a briga das gangs e facções de corruptos, prevaricadores e seus cúmplices do que manifestações em grande escala de uma sociedade anestesiada pela covardia, pela cumplicidade sórdida ou pela omissão.

Nem das Forças Armadas poderemos esperar mais nada, pois a situação do país é muito mais grave do que em 1964 e nada acontece. A tomada do poder público por facções de corruptos e prevaricados é muito pior do que a ameaça comunista daquela época.

Um dia a fonte vai começar a secar, pois o agigantamento irresponsável e inconsequente da dívida pública, fonte direta ou indireta da riqueza de milhares de esclarecidos canalhas públicos e privados, em breve, vai colocar o país no caminho da moratória. – Antes ou depois de 2014?

– Quanto será que o desgoverno Dilma vai gastar para se reeleger ou eleger seu sucessor afundando o país de vez em uma dívida impagável?

Nesse momento a sociedade vai ter seu último teste: aceitar covardemente pagar a conta da sacanagem desses FDP que estão destruindo nosso país ou transformar o país em um cenário de Revolução Francesa de 1789.
Título, Texto e Grifos: Geraldo Almendra, 18-07-2011
Edição: JP
A "Tomada da Bastilha", no centro se vê a prisão de Jourdan de René de Bernard, marquês de Launay (1740-1789).
Óleo de Jean-Pierre Louis Laurent Houël, Bibliothèque Nationale Française.

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