quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"Tão perversa quanto a violência desenfreada, foi a truculência política da era Vargas"

Plínio Sgarbi
O populismo/paternalismo só melhora a popularidade do presidente e o ajuda a continuar no poder com apoio popular. Tanto na era Vargas como na era Lula, Povo ignorante que idolatra os pais do povo. No longo período de Getúlio Vargas, foi caracterizado, entre outros aspectos, pela capacidade de o Estado conter e manipular o movimento de massas organizado. Para isso foi fundamental a destruição da organização independente dos trabalhadores, atrelando-a ao Estado, realizando algumas concessões no tocante às relações do capital/trabalho e à cobertura de riscos sociais. Estava oficializado o "peleguismo", ou seja, política de "amaciamento" das massas trabalhadoras pelos burocratas sindicais (conhecidos como pelegos) a serviço do governo e dos empresários. No período Lula, usou e abusou da máquina pública para aperfeiçoar algumas bolsas de FHC no sentido de dar esmolas à população, que propagandeou chamando de redistribuição da renda, para isso, de forma que não prejudicasse a gigantesca roubalheira de seu governo, aumentou a carga tributária.
No país das contradições. E também no país dos "dois pesos e duas medidas". A ditadura Vargas e a Revolução de 1964 são os melhores exemplos históricos. Tão perversa quanto a violência desenfreada, foi a truculência política da era Vargas.
Criou Órgãos Repressores como: Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP): Órgão a que ficavam submetidos todos os serviços públicos do Brasil. e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP): órgão responsável pela censura, pela propaganda do governo, pelo culto à pátria e pela personificação do presidente Vargas. Foi criado o programa de rádio Hora do Brasil para funcionar como instrumento de propaganda do governo Vargas. O Congresso simplesmente foi fechado (no pós-64 houve apenas um período longo - 9 meses - em que o Congresso não funcionou), o mesmo acontecendo com todas as Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores. Os governadores e prefeitos eram nomeados diretamente pelo ditador sem que a indicação passasse por nenhuma outra instância. Juizes, professores e até diplomatas eram nomeados, sem concurso, diretamente pelo tirano do Palácio do Catete. Leis eram confeccionadas para atender interesses particularíssimos. Assim aconteceu com o divórcio, que vigorou no Brasil por um único dia, a fim de beneficiar um parente de Vargas. Também foi com a chamada "Lei Terezoca", destinada exclusivamente a garantir a guarda da filha ilegítima de Chateaubriand para ele mesmo. Os exemplos poderiam ser multiplicados.
Lamentavelmente, a triste história política do Brasil no século XX colocaram na Revolução de 1964 sua única nódoa. Mas Há outras piores e mais graves, mas que deixaram de ser lembradas numa reação que tem várias explicações. Em todo ano, sempre que é lembrado o suicídio de Getúlio Vargas, deveria iniciar uma campanha pelo banimento do seu nome de todas as ruas, avenidas, praças e locais públicos. Foi ele um caudilho sanguinário que deveria merecer degradação, como qualquer ditador. Ou, então, por uma questão de justiça, comecemos, insistentemente e merecidamente, a homenagear os militares "linha dura" de 1964. Afinal, foram eles muito, mas muito mais civilizados do que o ditador Vargas e seus sectários.
Verdadeiros heróis são os meus antepassados de São Paulo que doaram ouro, empunharam armas pelo Movimento Constitucionalista e derramaram seu sangue pela Pátria.
Título e Texto: Plínio Sgarbi, 25-08-2011

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