quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"Um Estado sem valores é uma quadrilha" (Santo Agostinho) - Brasil Dignidade


Oswaldo Colombo Filho
Na soleira da desmoralização dos Poderes Republicanos, regozijam-se os “mensaleiros” pela caducidade da acusação de formação de quadrilha. Os meliantes arrolados ou não, festejam juntamente com os canalhas ainda no Poder ou fora dele. É a festa do lulopetismo-fisiológico escarnecendo a ética. Na antessala dessa imoralidade, alguns hipócritas ousam abonar a não manifestação do ministro “tardinheiro” da mais alta Corte que deveria ter relatado o caso, evidentemente isto em tempo hábil a não favorecer quem quer que fosse pela prescrição de acusações. Debocham da inteligência alheia, pois Justiça escarrou na moral e na ética da nação. Impunidade são as esporas que estimulam o mais assombroso achaque ao erário público da nossa história republicana; aliás, somente através da impunidade e da Justiça indulgente, é que se comente crime maior ao interesse público do que aquele de dilapidar o erário.
O fisiologismo assalta todos os cantos da gestão pública, num prodigo da sordidez e de um desregramento sem precedentes. Não há instituição que não seja achincalhada em qualquer nível, em qualquer autarquia ou órgão mequetrefe que seja. Acumulam-se denúncias de corrupção, prevaricação, nepotismo, negociatas, enfim toda ordem de crimes. Trata-se da prostituição da vida pública que foi institucionalizada por um ignóbil, porém sapiente na arte de delinquir com altíssima periculosidade. Lesador escrachado da cidadania como forma a subverter valores e fez perdurar no poder seus anseios de ganancia e sordidez moral. Qualquer cidadão brasileiro, instintivamente vê hoje em qualquer autoridade um ente corrupto e aproveitador do cargo que possui; porém a maioria prefere a asna mansidão ao protesto.
É manifesto, e incontroverso o lastimável estado da cidadania atolado na inércia e na mediocridade. Os estudantes, ora ao que se vê, nem mais os jovens em espíritos o são; padecem na lhaneza parva dos vícios que o status quo do mundo que preferem viver lhes impõe. A classe média e trabalhadora abate-se na imbecilidade sindical e na inércia vulgar do consumismo. O futuro está ao sabor dos ventos.
Na ausência de decência e de homens públicos que possam liderar a nação, nossos espíritos elevam-se em voos e orações ao Ser Superior em lhe pedir proteção e forças para obstar tamanha barbárie acometida contra a nação exatamente por aqueles que deveriam através de seus atos protegê-la e exemplificar;  contudo, nada mais fazem do que seguir a cartilha deixada pelo vulgar apedeuta.
O padrão e conveniência da vida pública brasileira “pós lula”, conduz ao estado de governabilidade tirânico, pois se consagra na “sua lei e seus valores”, e que absolutamente nada exprime ao entendimento e aquiescência da maioria, muito menos em princípios, mas sim em meios quaisquer que justifiquem fins aloprados à nação. São as oligarquias mais tacanhas, opressoras e menos respeitáveis aos interesses da sociedade que governam. Põem, e dispõem, mandam, e desmandam em tudo são as negociatas da república que financiam a corrupção de um lado estando o Poder da “base de apoio” e a dita governabilidade que desde já devemos atirá-la ao fosso; e de outro lado os grandes rentistas, obreiros de um país sem infraestrutura sem lei, sem moral, sem política e com governo desqualificado juridicamente falando dentro de um estado democrático.
Título e Texto: Oswaldo Colombo Filho
Brasil Dignidade
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