quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Absurdos brasileiros


Peter Wilm Rosenfeld
Parece que os políticos do Brasil querem destruir o Brasil, ao invés de legislarem para seu engrandecimento.
Citarei exemplos para demonstrar o que digo.
DEFINIÇÃO DE JOVEM – Uma deputada do PC do B gaúcho (mais uma vez um gaúcho a fazer besteiras!) propôs e parece que já foi aprovada pelo congresso e sancionada pela Presidente lei que define que é jovem quem tem entre 14 e 29 anos (posso estar enganado com relação aos 14 anos; não consegui verificar se já foi sancionada ou não, apesar de tentar conseguir essa informação).
Mas não importa se a lei foi sancionada ou ainda não. O que pretendo analisar é se uma pessoa, aos 29 anos de idade, ainda pode ser considerada jovem.
Recordo que eu mesmo, na nova idade proposta, já trabalhava havia dez anos e já era pai de dois filhos.
Considerava-me um adulto moço, pois deixara de ser jovem quando comecei a trabalhar. Como tal, já havia assumido responsabilidades sérias, como o casamento e a paternidade.
Provia meu próprio sustento e o de minha família; penso que esse é mais um dos fatores que distinguem o jovem do adulto: não depender de terceiros, parentes ou não, para a manutenção da família.
O que pretende essa deputada? (Ela mesma deve ter idade ao redor de 30 anos; a Câmara dos Deputados não publica o ano de nascimento dos parlamentares; muito discreto esse comportamento...).
Penso que, inicialmente, permitir que gente adulta pague apenas meia entrada em cinemas e outros eventos, meia passagem nos meios de transporte, e benefícios similares, é um tiro que sai pela culatra. Esquece, como boa comunista que é, que tal medida fará com que o restante dos passageiros ou espectadores pagarão mais, para compensar a meia entrada de outros. Formidável!

O Brasil deixou de ser um país de jovens, pois a idade média da população está aumentando gradativamente. Tudo será mais caro para o restante da população.
Que tiro pela culatra deu essa deputada ainda moça!
AVISO PRÉVIO PARA EMPREGADOS – Através da Lei 12.506, de 11 do corrente mês, o governo aumentou o período de aviso prévio que as empresas têm que dar a seus empregados quando pretendem rescindir os contratos de trabalho, de 30 para 90 dias!
O prazo será aumentado, dos atuais 30 dias para até 90, de acordo com o tempo de trabalho. Para o primeiro ano continua sendo de 30; a partir daí, será aumentado de 3 dias por ano trabalhado até o máximo de 90 dias.
Não consigo compreender o porquê dessa medida!
Na CLT que vigia anteriormente, e isso não foi mudado pela lei acima, se é o empregado que resolve deixar a empresa, ele tem que dar o mesmo aviso prévio que a empresa. Isso quer dizer que o empregado não pode simplesmente dizer que quer ir embora; tem que dar o mesmo aviso prévio.
E agora?
Parece que a idéia do governo é, ou era, a de dificultar o despedimento. Mas, como acontecia nos tempos da estabilidade no emprego, muitos trabalhadores deixaram de mudar do emprego com medo de perder a estabilidade. Agora, será para não pagar uma indenização vultosa (para o poder aquisitivo dele, empregado).
O Brasil já é, e há muito tempo está sendo, um País que, apesar de não pagar salários nababescos a seus empregados (o governo paga, mas a CLT não se aplica aos funcionários públicos), tem um custo de pessoal altíssimo em comparação com todos os demais. 
Medidas como essa só pioram essa relação, ainda mais quando sabemos que nosso competidor mais sério, daqui a não muito tempo, será a China, que paga salários de fome e não dá quaisquer direitos aos trabalhadores.
A Presidente da República deveria saber disso. Não posso crer que inocentemente sancionou uma lei como essa malfadada 12.506/2011! 
Ou será que assinou sem ler? Seria de estranhar; será que agora, que tomou o gostinho de viajar, como fazia seu antecessor e mentor, isso acontecerá? Assinará documentos importantes sem que os tenha lido com atenção, pois as viagens tomarão muito de seu tempo?
É preocupante!
Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 19 de outubro de 2011

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