Tenho horror a esse costume
brasileiro de repetir abusivamente o pronome QUE. Basta escrever "porque os
megas investidores financiam causas socialistas", e não "porquê QUE
os megas investidores financiam..."
Assim como "o que QUE é
isso", "Qual QUE é", então, é de lascar...". "Onde QUE
está isso"? "Como QUE foi"? Porquê QUE é?". "O quê QUE
é isso" etc..
Note bem: não é culpa sua,
como digo aos meus filhos. Sua professora primária e os professores em geral
falam assim. Vocês apenas repetem sem pensar, digo a eles.
Por exemplo, ONDE é advérbio
(de lugar) e já significa "em QUE lugar", não precisando repetir o
QUE, implícito no significado ("contido numa proposição mas não expresso
formalmente; não manifestamente declarado; subentendido, tácito", como
ensina o Dicionário Houaiss).
"Qual" é pronome,
que já significa "de QUE natureza", "de QUE qualidade", não
precisando repetir o QUE, implícito no significado.
Já pedi a duas emissoras de TV
que treinem seus locutores e apresentadores a falar corretamente a linguagem
culta para ajudar, pelo menos, ao diminuto segmento instruído do povo, a falar
bem o nosso vernáculo, "última flor do lácio", mas nunca fui
atendido.
- Olavo Bilac. Última flor do Lácio,
inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na
ganga impura ... (E sabemos que O Lácio (em latim, Latium;
em italiano, Lazio) é uma região da Itália central
com cinco milhões de habitantes e 17 203 km² , cuja capital é
Roma. Wikipedia)
Por exemplo, Raquel (ou é
Rachel?) Novaes, da Globo News, só diz que "não foi feita necropsía
(acento tônico no i), quando o correto é necrópsia (acento tônico no
"o"), ou exame cadavérico. A emissora não está nem aí para esses
barbarismos.
E neste nosso mundo
globalizado, cada vez mais se viaja ao exterior e se pratica comércio
internacional. Logo, todos que o fazem deveriam tentar aprender pelo menos o
básico da língua universal, que é o inglês.
Outra mania, aliás, está no inglês
de nossos locutores de TV. Os brasileiros inventaram que Airbus se pronuncia
"erbôs" ou "erbous", em vez de "erbás", como
dizem ingleses e americanos. Bus (ônibus) eles chamam de "bôs" em vez
de "bas". O rio Hudson, que banha Nova York, eles chamam de
"rôdson" em vez de "rádson". Não sei se quem é mais
pernóstico sou eu ou são eles...rsrsrs
Também não vou exagerar em
querer que eles aprendam a pronunciar World. Na sua degenerescência fonética,
os brasileiros não pronunciam o L em português, quanto mais em inglês. Chamamos
Brasil de Brasiu. Por isso dizem que viajarão para Disney World, mas dizem
Disney Word (sem o L). Em vez de o Mundo (World) de Disney, 99% dos brasileiros
dizem a Palavra (Word) de Disney, sem o querer. Por isso mesmo dizem que vão para
"a" Disney e não para "o" Disney", pois se trata do
"Mundo (masculino) de Disney" e não da "Palavra (feminino) de
Disney", e a concordância de gênero exige o artigo masculino "o"
e não o feminino "a". Grato pela atenção, e os interessados, por
favor, divulguem. Obrigado.
Abraços,
Texto: Álvaro Pedreira de Cerqueira, 31-10-2011
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