J. Eduardo Victor
Hoje, dia 28 de fevereiro
ficou marcado na história da República, há exatos 18 anos, o acontecimento mais
importante para nós brasileiros - e o Brasil como um todo: o anúncio do Plano Real pelo então Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Fernando Henrique
Cardoso. O governo editou a Medida Provisória (dia anterior) que criou a
Unidade Real de Valor (URV) que entraria em vigor em 1º de março de 1994 (dia
seguinte ao anúncio em rede de TV, por FHC).
A URV correspondia a CR$
647,50 (seiscentos e quarenta e sete cruzeiros reais e cinquenta centavos) e
ficou estabelecida como exclusivo padrão de valor monetário contribuindo
decisivamente, na espera - com tabelas de valores diários em relação ao
cruzeiro real (CR$) -, até a mudança para o Real (R$), ficando em paridade com
o dólar no intervalo de US$ 0,80 a US$ 1,00. Com as novas regras de conversão
de valores, a MP determinou também uma nova moeda para o País, o Real, que foi
lançado em 1º de julho de 1994.
Ainda em 1º de março, passou a
vigorar também a Emenda Constitucional n.º 10, que criou o Fundo Social de
Emergência (FSE) que foi importante (e determinante) para o êxito do Plano Real
uma vez que desvinculou as verbas do Orçamento da União, direcionando todos os
recursos para o Fundo que daria poderes ao governo para remanejar e cortar
gastos considerados onerosos e prejudiciais à economia diante do tamanho da
máquina do Estado que contribuíam (os gastos), e muito, para a hiperinflação,
alvo central do Plano.
Com bom auspício, o Plano teve
êxito duradouro e foi determinante na condução correta da política econômica no
País até os dias de hoje. A inflação teve uma forte redução, a população
ampliou seu poder de consumo, os empresários modernizaram seu parque industrial
gerando emprego e crescimento econômico contínuos, e o pesadelo da
hiperinflação, que chegou em três décadas a 1,3 quatrilhão por cento acumulada
até o Plano Real, acabou. Foi a redenção de todo um povo, de um País, que vivia
temeroso e perplexo com os aumentos diários dos preços de produtos e serviços,
vendo seu suado dinheiro perder valor da noite para o dia, inexoravelmente.
Como vivi (e sofri) junto com essa geração não poderia deixar de escrever -
ainda que sobre o "simples" anúncio do Plano - aqui, neste espaço,
para todos vocês que também passaram e sofreram na mesma intensidade. Abraço a
todos.
Título e Texto: J. Eduardo
Victor, 28-02-2012
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