Plínio Sgarbi
Lembro muito bem do tempo que
cursei faculdade em Campinas na década de 1980, havia uma multidão de petistas
professores doutrinando os alunos nas universidades, e os doutrinados (quase que a maioria dos
alunos) se orgulhavam de apresentar a adestração estampada no peito com os buttons da estrela vermelha-PT e Che
Guevara.
O partido sempre pode contar
com o meio universitário e entre os servidores públicos para amplificar o tom
de suas criticas aos governos anteriores. Formada por sindicalistas, servidores
públicos locados em postos estratégicos dos governos anteriores e técnicos do
Congresso simpatizantes da sigla. Essa rede permitia que parlamentares petistas
se apresentassem nas CPIs passadas munidos de documentos decisivos como
análises de quebra de sigilo bancário e fiscal dos acusados.
Dos Militares para os Militantes de hoje...
Realmente, era comum haver
muita conotação política nos centros e diretórios acadêmicos e pouca
preocupação acadêmica. As “ideologias” eram diferentes, mas os métodos de ação eram
muito parecidos: todos tinham um discurso “democrático”, dogmático. A maioria
pertencia, “geograficamente”, à “turma do fundão”, só que de cantos diferentes.
De um lado, os anticomunistas, pró-EUA, tipos parecidos com aqueles
blá-blá-blás do FHC, do outro, os antiimperialistas, pró-URSS, tipos adoradores
de Fidel. Eram capazes de decorar doutrinas políticas, mas, incompetentes para
entender as aulas, ou fazer as lições de casa. Tinham a fórmula para resolver
todos os problemas do mundo, por mais complexos que fossem; mas precisavam de
“cola” para passar. Mesmo assim, desprezavam e hostilizavam quem se ocupava de
algo que eles consideravam totalmente incompatível com o ambiente escolar:
estudar.
Da implantação do regime ideal
a ser concretizada, sem pressa. A luta armada se perdeu e a luta que planejaram
seria muito longa, rezava a cartilha doutrinária com convicção, mas a vitória é
uma certeza. Iriam, sem pressa, aplicar um código com instruções infalíveis
para a implantação de um regime-paraíso para os MILITANTES.
Um companheiro ajudando outro,
iriam infiltrar-se em toda a máquina pública, nas universidades e nos meios de
comunicação, para conseguir aprovar uma nova Constituição que facilitasse a
implantação de toda a logística planejada: instituir o voto do analfabeto;
arregimentar a pobreza do campo e das cidades com promessas de terras e
moradias; inutilizar as Forças Armadas, seu mais perigoso inimigo, cortando
radicalmente suas verbas; desarmar a população e instituir a baderna social e a
insegurança total. A insegurança será tão grande que o povo vai ficar
agradecido quando forem instituídas as “milícias populares”, ou seja, uma
polícia formada por pequenos grupos de militantes, fardados e armados,
espalhados por todo o País, com obediência direta ao presidente. Parecido com a
que existe na Venezuela, a milícia
popular de Chávez e tem 5 vezes mais soldados do que o Exército.
A Constituição que os
MILITANTES conseguiram nos impingir em 1988 é uma verdadeira lástima. Com ela
já conseguiram instituir a estabilidade no emprego público, o voto do
analfabeto, até o voto do menor e o voto
do presidiário. Nosso Código Penal virou um lixo. Os sem-teto aterrorizam as
cidades. O MST, com verbas públicas, aterroriza o campo. Do jeito que a coisa
anda será muito provável ouvir alguém dizer que, criticar o MST, é ditatorial.
Nossas leis foram totalmente
avacalhadas. Brasília virou o centro da corrupção, da ladroagem dos MILITANTES
e dos polpudos empregos para a “cumpanheirada”. A astronômica arrecadação
brasileira de 40%, a maior do mundo, some quase toda pelo ralo da corrupção.
E os políticos de Brasília, ao
transformarem os bilhões de reais em dólares e transferi-los para o exterior, o
lucro imediato é de quase 200%. É só lembrar do que aconteceu quando a Polícia
Federal algemou e prendeu Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity, aquele
especializado em mandar dinheiro frio para o exterior. Brasília ficou em polvorosa. Imediatamente
ele foi solto e o STF, o órgão máximo de nossa lei e ordem, emitiu uma Lei
proibindo algemar gente "importante". O Dantas foi solto e o chefe da
PF foi exonerado.
Com 40% de arrecadação, a
maior do planeta, nossa saúde, estradas, escolas, segurança, etc. estão em
decadência. Falta dinheiro para tudo, nada funciona satisfatoriamente, apenas a
corrupção.
Texto: Plínio Sgarbi,
26-02-2012
Edição: JP
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