Rodrigo Constantino
A revista alemã Der Spiegel
perguntou ao gestor da PIMCO, El-Erian, se Portugal seria a segunda Grécia em
2012. Ele respondeu de forma direta: "Yes, unfortunately that will be the
case". A revista discorda,
e argumenta que as reformas estão acontecendo de forma muito mais rápida em
Portugal, que teria condições de evitar o destino do calote grego. Como pontos
positivos, Portugal conseguiu reduzir o défict de 9,8% para 4,5% do PIB, as
medidas de austeridade desfrutam de maior apoio popular, a economia já está
saindo da recessão, e o país possui algumas empresas competitivas, ao contrário
da Grécia.
O veredicto ainda não saiu. O
futuro é incerto. O que se sabe, entretanto, é que os excessos da era da
bonança precisam ser ajustados, e que o ajuste será doloroso para os
portugueses. Alguns jovens já começam a migrar para outros países em busca de
oportunidade de emprego. Em artigo no
Globo ano passado, eu expliquei melhor a situação de Portugal, fazendo
inclusive um paralelo com o Brasil. A desgraça de nossos patrícios serve como
alerta para os brasileiros. É melhor prevenir do que remediar, como diz o
ditado.
Título e Texto: Rodrigo Constantino, 23-03-2012
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