domingo, 22 de abril de 2012

"Crowdsourcing…"

Alberto de Freitas
A expectável resolução do problema de muitos portugueses – não sendo exclusivo no Brasil – significa o espectável problema de Portugal: o abandono pelos mais capacitados. Fluxo migratório só possível de travar com o crescimento económico e não com as palavras de esperança exigidas por alguns. Mas tal como quando não se consegue parar uma onda, devemos tentar cavalgá-la, “aproveitando” os portugueses onde quer que estejam.
No século passado, para os países de emigração o mais importante era o fluxo de retorno em divisas. Nos dias de hoje, os novos emigrantes são possuidores das “ferramentas” que lhes permitem o entrosamento com as sociedades de acolhimento.
Mas se não enviam dinheiro, nem sendo o retorno uma prioridade, poderão criar-se condições para que contribuam com aquilo que a Pátria lhes proporcionou: conhecimento.
Em 2006, a revista americana Wired, definiu como crowdsourcing a colaboração de “n” pessoas através da net, na concretização de determinada tarefa. Sistema utilizado por exemplo, pelo governo americano numa rede de empreendedores (business.usa.gov). Várias empresas, como a Amazon, têm-se aproveitado do sistema, que tem um crescimento de 100% ao ano. Existem mesmo empresas especializadas como a Crowdengineering cujo serviço se baseia no crowdsourcing.
Recorrer aos talentos nacionais espalhados pelo mundo é algo perfeitamente possível, devendo, para o caso, ser de iniciativa governamental. Na Itália, que atravessa problema semelhante ao nosso – até no “conselho” governamental para os jovens emigrarem – o assunto está em discussão, com o apoio de Monti.
Em vez de “chorar” a partida de cérebros, não deveríamos, com a criação de uma plataforma web, mantê-los por cá? 
Título e Texto: Alberto de Freitas

Alberto, se me permite, enxergo essa questão com exasperante simplicidade: país em progresso e em desenvolvimento, não só mantém uns como atrai outros.

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