Alberto de Freitas
A expectável resolução do
problema de muitos portugueses – não sendo exclusivo no Brasil – significa o
espectável problema de Portugal: o abandono pelos mais capacitados. Fluxo
migratório só possível de travar com o crescimento económico e não com as palavras
de esperança exigidas por alguns. Mas tal como quando não se consegue parar uma
onda, devemos tentar cavalgá-la, “aproveitando” os portugueses onde quer que
estejam.
No século passado, para os
países de emigração o mais importante era o fluxo de retorno em divisas. Nos
dias de hoje, os novos emigrantes são possuidores das “ferramentas” que lhes
permitem o entrosamento com as sociedades de acolhimento.
Mas se não enviam dinheiro,
nem sendo o retorno uma prioridade, poderão criar-se condições para que contribuam
com aquilo que a Pátria lhes proporcionou: conhecimento.
Em 2006, a revista americana Wired, definiu como crowdsourcing a colaboração de “n” pessoas através da net, na
concretização de determinada tarefa. Sistema utilizado por exemplo, pelo governo
americano numa rede de empreendedores (business.usa.gov).
Várias empresas, como a Amazon,
têm-se aproveitado do sistema, que tem um crescimento de 100% ao ano. Existem
mesmo empresas especializadas como a Crowdengineering
cujo serviço se baseia no crowdsourcing.
Recorrer aos talentos
nacionais espalhados pelo mundo é algo perfeitamente possível, devendo, para o
caso, ser de iniciativa governamental. Na Itália, que atravessa problema
semelhante ao nosso – até no “conselho” governamental para os jovens emigrarem
– o assunto está em discussão, com o apoio de Monti.
Em vez de “chorar” a partida
de cérebros, não deveríamos, com a criação de uma plataforma web, mantê-los por cá?
Título e Texto: Alberto de
Freitas
Alberto, se me permite, enxergo essa questão com exasperante simplicidade: país em progresso e em desenvolvimento, não só mantém uns como atrai outros.
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