terça-feira, 22 de maio de 2012

Conversa entre dois brasileiros: um está na Austrália, outro no Brasil

Otacílio Guimarães
Futuras guerras haverão de acontecer, pois faz parte da natureza humana guerrear. Não sei se será assim como descrito neste seu anexo.
Como um estudioso das guerras, principalmente da 2ª guerra mundial, onde tive três tios participantes, considero a guerra uma estupidez e um desperdício. De dinheiro, de vidas, de tempo e de inteligência. A guerra é a maior expressão do desamor do ser humano por si mesmo.
Entretanto, é na guerra que se revelam, por incrível que pareça, as melhores qualidades dos seres humanos. Penso às vezes que fomos feitos para guerrear e sem guerras não seríamos o que somos. Pode ser uma guerrinha doméstica entre marido, mulher, e filhos, mas sem guerra não conseguimos melhorar.
Você já parou para pensar nisso?
Veja, foi a 2ª guerra mundial que transformou o mundo e os alemães e japoneses, principalmente, em povos pacíficos e bem melhores do que eram.
Imagine o que estes dois povos provocaram de desgraças durante a 2ª guerra mundial até serem vencidos pelo colosso norte americano.
É claro que o colosso aprendeu e não dorme em serviço. E sabe que é odiado por boa parte do mundo. O orçamento de defesa dos Estados Unidos é maior do que o orçamento de dois terços dos países do planeta. Isto é defesa própria, porque o instinto de sobrevivência fala mais alto.
Nenhum país pode sobreviver com dignidade sem ter poder econômico e militar. Quem pensa assim vai sobrevivendo com os lulopedilmas da vida até que um dia cairá na realidade da ruína econômica e moral.
No passado, idiotas como Hitler tentaram desafiar a inteligência dessas potências. Veja no que deu. Portanto, é ilusório supor que povos atrasados, sem cultura, sem tecnologia, possam um dia suplantar o poder da mente.
Acontece que as mentes mais poderosas não estão em lugares subdesenvolvidos como o Brasil.
Eu hoje moro num país quase do tamanho do Brasil, mas que tem uma população menor que a de São Paulo. Enquanto o Brasil sucateia e desmoraliza suas forças armadas, aqui nós cuidamos para que elas estejam bem preparadas para o que der e vier. Veja o site da Real Força Aérea Australiana, onde minha filha adotiva vai servir, e você terá uma ideia do que é a realidade de um país que pensa em seu futuro.
A guerra não é boa, mas quem é responsável se prepara para ela.
Grande abraço,
Otacílio Guimarães, Austrália

Palavras de sabedoria, Otacílio.
Para você ver, os primeiros portugueses a chegar ao Brasil aqui desembarcaram em 1500, ao passo que a primeira aproximação europeia registrada da Austrália só ocorreu em inícios de 1606 com o holandês Willem Janzoon que avistou a Península do Cabo York e acabou desembarcando em 26 de fevereiro no rio Pennefather na costa oeste do Cabo York, perto do que é hoje a cidade de Weipa. O navegador holandês traçou todo o litoral ocidental daquilo que ele chamou de "Nova Holanda", durante o século XVII, mas seu país não levou adiante qualquer tentativa de colonização das terras descobertas. Já o britânico James Cook, em 1770, navegou ao longo da costa oriental da ilha-continente e mapeou todo o litoral, chamando as terras descobertas de Nova Gales do Sul reivindicando-a imediatamente para o Reino Unido.
O Brasil é, portanto, 270 anos mais velho que a Austrália e, no entanto, apesar da diferença do tamanho da população (somos já quase 200 milhões de almas), temos ainda um IDH ruim, somos tecnologicamente mais atrasados, uma saúde pública muito aquém da australiana, uma escolaridade péssima e com alto grau de doutrinação marxista, e ainda por cima uma das maiores cargas tributárias do planeta.
Já a Austrália é o segundo país com o maior IDH do mundo e deveria ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, embora a Inglaterra o seja como sede da British Commonwealth, o que dá no mesmo. 
Não há a menor dúvida de que a qualidade do cidadão australiano é muito melhor do que a do cidadão brasileiro. Esta é a nossa luta aqui em Pindorama: criar uma cidadania melhor, que tenha pelo menos o segundo grau completo da escolaridade brasileira e com isso promover uma qualificação muito melhor dos candidatos a cargos eletivos e de confiança.
Provavelmente não verei o dia em que isso possa vir a ocorrer no Brasil, caso ocorra. Mas o grande esforço é divulgar tal ideologia. O brasileiro é historicamente um conservador e um empreendedor e há terreno fértil para que a noção de meritocracia democrática e de capitalismo de mercado privado ganhe corpo na consciência nacional. Na verdade isso já existe porém de forma caótica, sem método e sem estrutura com a esquerda se esforçando para destruir essa formação.
Francisco Vianna, Brasil

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