quinta-feira, 28 de junho de 2012

Um pacote de ilusões


Geraldo Almendra
Quando um governo está muito mais preocupado em consolidar um projeto de poder dissociado do progresso econômico e do bem-estar social, e rigorosamente associado ao aparelhamento do Estado nas mãos da ideologia única através de novos estelionatos eleitorais, no caso o petismo, qualquer medida de caráter econômico ou social já vem viciada em sua origem.
Depois da Fraude da Abertura Democrática que comprometeu o desenvolvimento econômico e social do país numa amplitude que colocou o Brasil com um atraso médio de mais de 10 anos em termos de tecnologia, produtividade, educação e qualidade de mão-de-obra – aspectos rigorosamente entrelaçados – na maioria dos seus setores, não se poderia esperar que esse quadro recessivo viesse a ser alterado para reverter, no curto prazo, os efeitos das políticas de desgovernos civis corruptos, irresponsáveis, e inconsequentes.
Os nós quase cegos que foram dados na estrutura econômica-social do país durante os desgovernos civis continuarão conduzindo o país ao atraso em todos os seus setores à exceção do Mercado Financeiro que sempre viveu da extorsão do consumidor com suas absurdas taxas de juros e os covardes preços de seus serviços para oferecer atendimento cada vez mais ineficiente e de péssima qualidade.
O rebaixamento da nota de oito bancos nacionais por uma das agências que efetuam análise de risco, mesmo com os comentários irresponsáveis de alguns jornalistas (especialmente a comentarista de economia da TV Globo) que tentam desqualificar a questão, nosso mercado financeiro poderá entrar, em breve, na rota das bolhas explosivas, especialmente a bolha da dívida interna que mais cedo ou mais tarde irá explodir com a permanência do PT no poder.
A inadimplência observada no país deixa claro que a bolha do endividamento do consumidor já está no seu limite.
O pacote do governo de incentivo à produção industrial com um preço médio final de seus produtos em torno de 25% maior do que os importados deverá agravar, mais ainda, a situação econômica do país além de estabelecer um protecionismo interno que vai ter repercussões negativas no exterior.
O risco da demanda interna não aumentar para suportar uma oferta mais cara do que produtos importados será relevante mesmo com um crescimento da renda por uma maior oferta de empregos.
Deve-se levar em conta que o endividamento cada vez maior das pessoas físicas é um importante fator de contenção do crescimento pretendido pelas medidas do governo a não ser que os consumidores percam o bom senso e a razão para cometer a estupidez de trocar mais ainda comida e despesas escolares por novas parcelas de empréstimo, para comprar supérfluos ou substituir aquilo que ainda está bom para o uso.
O consumidor já começou a perceber que a história de que a prestação cabe no bolso é um suicídio para endividamentos de mais de doze meses, principalmente porque os consumidores da maior parte das classes B e C já têm suas rendas comprometidas por aluguéis cada vez mais caros, financiamentos habitacionais de longo prazo entre outras dívidas como, por exemplo, os financiamentos educacionais também de longo prazo.
Adicionalmente haverá um aumento expressivo do endividamento com o governo das empresas beneficiadas pelos empréstimos de um comprador de votos de empresários chamado BNDES, obrigando o governo a, mais à frente, refinanciar a irresponsabilidade de seus pacotes casuais comprometendo, mais ainda, a dívida interna, pela ausência de uma demanda proporcional à oferta de produtos esperada pelo governo.
No final das contas quem sempre paga a conta das sistemáticas sacanagens econômicas praticadas por esse governo perdulário e corrupto será o consumidor final que já trabalha quase seis meses do ano para bancar a extorsão tributária da corruptocracia fascista comandada pelo PT.
É um paradoxo o governo declarar que a economia vai ser beneficiada pelo aumento das exportações em um mundo em crise quando do outro lado do discurso aposta no crescimento do consumo interno. Isso é conversa de canalha com cara de rato.
As atuais características da economia do país exigiriam medidas para reconstruir a falida infraestrutura econômica, assim como pesados investimentos na educação no longo prazo, incentivando o investimento empresarial próprio, o aumento da produtividade com tecnologia de ponta, e o aumento da qualidade de mão-de-obra através de uma revolução educacional.
Como o governo apenas está preocupado com a prática compulsiva do assistencialismo criador de ociosidade e vagabundagem, em consolidar a decadência do ensino básico, e promover cada vez mais o inchaço das universidades por estudantes militantes do PT, a grande maioria desqualificados para frequentar uma universidade, muito pouco se pode esperar em uma evolução significativa da qualidade da mão-de-obra no país que está atrelada diretamente à revolução educacional necessária.
O que o PT quer é somente garantir a eleição do novo presidente em 2014 para consolidar seu projeto fascista de poder e já pratica de maneira ostensiva um assistencialismo empresarial seletivo através do BNDES já que a quantidade de canalhas esclarecidos, de ignorantes, de palhaços e de imbecis que ainda não foram subornados diminui cada vez mais.
O problema é que se o PT pensar na sociedade e no país no longo prazo, seus eleitores terão tempo para refletir nas desgraças que o petismo está provocando e na corruptocracia fascista que já comanda o Brasil.
Fora do poder o lugar da gang dos quarenta e um e de todos os seus cúmplices é na cadeia, isto é, se não tivéssemos uma Justiça sem vergonha com seus Tribunais Superiores garantindo a impunidade do Covil de Bandidos, o próprio Poder Público.
Título e Texto (e destaques): Geraldo Almendra, 28-06-2012

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