Alberto de Freitas
A comunicação social doméstica
atravessa uma fase, não de censura prévia, mas de liberdade condicionada ao que
diz Seguro. O enfoque não é o facto, mas a opinião de Seguro – e na falta
deste, qualquer elemento do PS serve – sobre o facto.
Entrando num momento
“historiador-do-passado-recente”, é de recordar as queixas de Sócrates que,
estando em minoria, reclamava o direito de governar sem condicionamentos por
parte da oposição. A mesma comunicação social dava eco às preocupações do
governo, pondo até em causa a legitimidade patriótica de colocar entraves ao
governo. Era a ditadura da oposição, apelidada de “coligação negativa”.
E eis que passados uns
tempitos, a grande preocupação, é: o que pensa Seguro?
Arrogância da maioria é como a
informação define o Governo, pela despreocupação relativa às preocupações do
dito. Demonstração de coerência no critério, demonstrando que a ordem dos
fatores é arbitrária, só que o árbitro não é de confiança.
Mesmo a vacuidade na opinião
não é posta em causa, pois, tal como os devotos da IURD não contestam as
palavras de um qualquer bispo, a palavra de Seguro é sacrossanta.
E além de opiniões Seguro bota perguntas. Não há pingo de chuva,
padaria que abra depois da hora, incêndio, adultério em casal desavindo, ou,
mesmo terramoto, que um, dois, três, mil microfones e câmaras de todos os
canais possíveis e imaginários, não se deparem perante o homem, para a esperada
palavra: “… e o que vai fazer o governo?”
A pergunta do momento é sobre
o prometido défice de 4 e picos, como se tratasse de uma birra de Passos, e não
um compromisso para com os credores, por parte do PS. Herança do garantido
défice inferior a 6, para 2011 e que afinal foi superou os 8%.
A promessa de Passos de não ir
“buscar” o passado, talvez seja a razão de Seguro se ter esquecido dele. Ele e
os escribas de serviço que culpam o fisioterapeuta pela continuada paralisia do
convalescente, omitindo o “atropelamento” responsável pelo sinistro.
E o tabu de Seguro, sobre o
sentido de voto na votação do orçamento, é o grande dilema que angustia o povo
português, preocupa o BCE, assusta a Europa, estremece o FMI e se discute no
Mundo… não é? Ah não? Oh, diabo, pelo que leio pensava que sim…
Título e Texto: Alberto de Freitas
Edição: JP
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-