A dedução no IRS do IVA pago na restauração,
mecânicos e cabeleireiros é uma medida ineficaz que ridiculariza o poder e que
tem “cheiro” a repressão, acusou hoje a DECO, desafiando o Governo a repensar
esta medida.
(…)
No jornal “Público”
Transcrevo a seguir três comentários que, além de
traduzir o que penso, o fazem com mais competência e, ao que tudo indica, são
de cidadãos portugueses adultos que não foram emigrantes, nem são imigrantes.
Mais que a dedução no IRS
É uma questão de formação cívica. Não pedimos faturas/recibos
nas farmácias, consultas e hospitais? Por que não em tudo o que pagamos! Ou
somos interesseiros e só pedimos faturas se nos cair algum no bolso. São milhões
de IVA que não são pagos e que caso tal acontecesse poderia levar a uma redução
em alguns impostos que pagamos. O valor a deduzir é ridículo, pois então peçam
a fatura e não a apresentem na declaração IRS. Se toda a gente cumprisse com os
impostos com certeza que eu não teria tantos descontos no vencimento. Com
certeza que há muita coisa errada no País... mas não é disso que fala este
artigo.
Anónimo, Figueira Foz
Somos latinos mas temos de
evoluir!
Os nórdicos para chegarem ao nível socioeconómico
que estão tiveram de trabalhar muito, passar por muitas dificuldades com os
impostos que têm nas décadas pós guerra. Nós, latinos, quando se tentar dar
algum passo no sentido de haver alguma justiça económica, porque eu pago os
impostos e sofro todos os meses por isso mas há muitos que fogem, veem logo com
os recalcamentos da repressão e com grande sentimento egocêntrico coletivo.
Quando devemos denunciar os vários tipos de violência e de roubo esses
recalcamentos veem ao de cima e viramos os olhos para o lado.
Carlos Pires, Portimão
A bondade desta medida
De acordo com a notícia, a Deco, combatendo a
medida do governo, que apelida de ineficaz, defende antes uma grande campanha
de sensibilização dos portugueses para que se aproximem dos povos do norte da
Europa para os quais a fuga ao fisco é algo impensável. Ora, parece-me que
ineficazes ou de proveitos muito residuais são as campanhas de sensibilização,
para além de custarem o dinheiro que de momento não temos. Sem querer defender
este governo, com o qual não me identifico, direi que este incentivo fiscal poderá
levar à alteração de comportamentos que, primeiro por interesse egoístico, se
poderão vir a transformar, depois, por força do hábito, numa prática natural e
socialmente enraizada. Por outro lado, julgo que a Deco não está, desta vez, a
defender os consumidores.
Elsa Castelo, Porto
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