Myrian Macedo
"A maior virtude do ser
humano é ser razoável", já dizia o poeta francês Victor Hugo.
É razoável a nova ministra do
TCU, Ana Arraes - mãe nada menos que do pressuposto político "da
renovação", aquele que vai tomar as rédeas do Brasil e comandar a nova
safra de salafrários políticos no futuro, pois de novo nada tem -, considerar
regular o não cumprimento do contrato milionário da empresa de Marcos Valério
com o Banco do Brasil, só para livrar a cara dos mensaleiros?
É razoável o ministro do PT
José Eduardo Cardozo, da "Justiça", autor da lei que abriu a brecha
para a consideração de Ana Arraes, produzir uma lei para beneficiar bandidos
que desviaram dinheiro público? Com a sanção de Lula, em 2010, diga-se.
É razoável Dias Toffoli, que
foi a vida inteira parceiro ideológico do PT, ser um dos julgadores do processo
do mensalão?
Nada disso é absolutamente
razoável, então, concluímos que esses três ministros e a cambada de políticos
envolvida nesses conluios, e em outros, de razoável nada têm. Mas de
desonestos, tudo possuem. Por isso mesmo já dá para prever o resultado do
julgamento do mensalão, pessimismos à parte. Esperemos que os ministros do STF
julguem com honestidade esse processo e sejam razoáveis o bastante para
perceberem todos os ardis imorais elaborados por essa "quadrilha"
instalada no governo atual. E que não façam parte deste teatro grotesco de
horrores para dar aos bandidos a chance de continuarem espoliando o Brasil.
Texto: Myrian Macedo, São Paulo, 26-7-2012
Edição: JP
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