Reinaldo Azevedo
Já escrevi sobre o
deslumbramento de alguns setores do Rio com a candidatura de Marcelo Freixo, do PSOL, à Prefeitura. O texto está aqui. O título já é bastante eloquente: “O Rio
assiste ao renascimento da esquerda festiva e do miolo mole. O queridinho da
vez é Marcelo Freixo, do mesmo partido que liderou o caos em São Paulo”.
Lembro, naquele texto, que o
PSOL, junto com o PSTU, decidiu promover o caos no transporte público de São
Paulo, liderando a greve do metrô. Também dividiu o comando da bagunça
promovida pela extrema minoria na USP. Eu sei que Eduardo Paes é candidato à
reeleição tendo o PT como vice. Sei também que é o nome apoiado por Lula. Muito
bem.
Somos amigos — ninguém rompeu;
acho que continuamos. Não dependo dele pra nada nem ele de mim. Isso seria
o suficiente para eu votasse nele? Com as alianças que tem, não, embora eu
reconheça que tem feito um trabalho competente na cidade. Não se vota em alguém
só por uma coisa ou por outra, mas por um conjunto. O pragmatismo não é meu
último deus. Agora que fique claro: NEM TUDO O QUE NÃO É PT ME SERVE. Freixo,
por exemplo, não me serve. Se, em último caso, eu fosse colocado diante da
opção: ou Freixo ou Paes, eu faria o contrário de Chico Buarque e escolheria
Paes. Eu faria o contrário de Caetano Veloso e escolheria Paes. Mesmo com o Babalorixá
de Banânia apoiando o prefeito.
E faria porque Freixo tem um
partido, ora essa! E esse partido pensa um conjunto de coisas. Mais do que
isso: esse partido faz um conjunto de coisas que repudio de forma clara,
inequívoca, definitiva. A luta do candidato contra as milícias não é, por
óbvio, o suficiente para me mobilizar. Só isso? Não! Há mais. Leiam o informa o
Globo. E isso, para mim, arremata a questão. Volto para fechar.
Freixo comenta atitude de
aliado que queimou bandeira de Israel
Bruno Góes e Luiz Gustavo
Schmitt:
O candidato do PSOL à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, comentou nesta terça-feira a atitude de seu aliado em vídeo do Youtube, o candidato a vereador Babá. Em imagens que circulam nas redes sociais, Babá aparece queimando uma bandeira de Israel. No Twitter, Freixo discordou da postura do colega de partido, mas ressaltou que ele é “um militante combativo”.
O candidato do PSOL à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, comentou nesta terça-feira a atitude de seu aliado em vídeo do Youtube, o candidato a vereador Babá. Em imagens que circulam nas redes sociais, Babá aparece queimando uma bandeira de Israel. No Twitter, Freixo discordou da postura do colega de partido, mas ressaltou que ele é “um militante combativo”.
“Babá é um militante combativo, nesse episódio ele errou. Ser contra um governo não é ser contra um país”, postou ele, que completou: “Sou contra a atitude dele, já me posicionei publicamente. Isso não anula toda luta dele”. O vídeo questiona o apoio dado por Freixo ao aliado. Babá, por outro lado, defendeu a sua atitude e respondeu ao vídeo em um artigo publicado nesta terça, em seu blog. No texto, intitulado ‘Resposta à campanha da direita sionista contra o PSOL”, Babá afirma que o crescimento de Freixo nas pesquisas resultou numa campanha difamatória desencadeada pela direita sionista contra o PSOL.
O candidato a vereador afirma
que o vídeo é de 2009. Além da bandeira de Israel, a dos EUA também foi
queimada. O candidato diz que a manifestação fez parte de uma jornada mundial
de manifestações de solidariedade ao povo palestino, que sofria um ataque
militar naquele momento. Babá chama o estado de Israel de “racista e nazista,
que ataca e mantêm seu domínio sobre os palestinos graças ao terror e a
repressão feroz, da mesma forma que o fizeram os sucessivos governos da minoria
branca na África do Sul”.
“A esquerda socialista tem a
responsabilidade e a obrigação de dizer a verdade ao povo brasileiro e educar
as novas gerações sobre o real significado do Estado racista de Israel, assim
como de manifestar a irrestrita solidariedade com o povo palestino”, diz ele.
Por fim, Babá afirma que logo os adversários vão buscar outros temas
considerados tabus para impedir a tendência de crescimento da candidatura de
Freixo.
Encerro
Está tudo claro aí. Freixo não apoia a atitude do colega de partido, mas também não a repudia de modo inequívoco. Prefere exaltar as suas virtudes militantes, embora Babá faça aqui o que faz o governo do Irã. Compreendo. Então tenho de lembrar: um terrorista italiano está na origem da formação do PSOL. Seu nome: Achille Lollo. Já contei essa história aqui. Esse Freixo para consumo dos bem-pensantes não nega a natureza do seu partido. O Caetano e o Chico que toquem violão pra ele.
Está tudo claro aí. Freixo não apoia a atitude do colega de partido, mas também não a repudia de modo inequívoco. Prefere exaltar as suas virtudes militantes, embora Babá faça aqui o que faz o governo do Irã. Compreendo. Então tenho de lembrar: um terrorista italiano está na origem da formação do PSOL. Seu nome: Achille Lollo. Já contei essa história aqui. Esse Freixo para consumo dos bem-pensantes não nega a natureza do seu partido. O Caetano e o Chico que toquem violão pra ele.
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, 28-8-2012
O problema do PSOL é querer ser PT a todo custo, tentando emular sua história e até roubar seus eleitores ('petistascomfreixo', blog e movimento criado pelo PSOL). Tipo assim: o PT é ruim, mas seus eleitores são bons - já que serviriam para nos eleger ...
ResponderExcluirCanalhice eleitoral da mais braba.
Se queimou a bandeira, assume: o que eles fazem é isso mesmo, jogam o molotov, queimam a bandeira, e depois dizem que foi outra pessoa ou que não houve intenção ruim.