Valmir Fonseca Azevedo
Evidentemente, durante um
julgamento tudo pode acontecer.
A Promotoria acusa, um
Advogado defende, e cada um apresenta as suas razões e argumentos para um júri
deliberar e concluir pelo veredicto de culpado ou inocente.
Nos filmes da TV e do Cinema,
e mesmo em nossos Tribunais, assistimos àquelas disputas.
Ora torcemos por um lado, ora
pelo outro. A vida é assim, e no erro humano de julgamento, com certeza,
inocentes já foram condenados, e sacripantas absolvidos.
No STF, no julgamento do
Mensalão não é, e nem será diferente.
Porém, eis o inevitável e
estarrecido PORÉM, o que assistimos nas Sessões do STF, na prática não é a
posição dos Senhores Ministros, que diante do arrazoado dos Advogados devem
decidir o seu veredicto de inocente ou culpado.
Saltam aos nossos olhos, que
alguns Magistrados debruçam - se sobre os atos analisados, estudados, e sob a
vigência da lei, de forma imparcial, e emitem a sua decisão, que poderá ser a
de culpado ou de inocente.
Contudo, ressalta - se a
existência flagrante de outro grupo opositor, cujo veredicto tende a ser pela
inculpabilidade dos acusados.
Nada contra.
PORÉM, condicionante que volta
por terríveis constatações, neste Julgamento transparece que o grupo da
absolvição, apresenta-se francamente a favor do seu esvaziamento, que de acordo
com eles, nem deveria estar em andamento, pois, descaradamente, seguem a máxima
de sua majestade, o patife-mor, de que o Mensalão nunca existiu.
Se acreditam ou não no
Mensalão, seja por convicção ou por algum tipo de convencimento, nunca
saberemos, mas que flagrantemente procuram detonar as decisões do outro grupo,
é por demais evidente.
Os subterfúgios usados à larga
soam como indícios inquestionáveis de que ali estão em missão de sabotagem e,
mesmo os mais leigos, podem perceber as manobras realizadas, e com tal
desfaçatez que, decididamente, julgam àqueles que assistem ao seu espetáculo
deprimente, como incuráveis beócios.
A todos nós, tais
procedimentos devem trazer extrema cautela quanto à expectativa de que o
Julgamento terá no seu final um desfecho favorável á Justiça.
Observamos alguns sinais de
que agora a metamorfose vai, mas cuidado, o esquema montado para a tiranização
da Pátria sob o jugo de alguns está por demais fortalecido e, dificilmente,
contando com recursos incalculáveis, com a mídia, e com o beneplácito dos
“bolsantes”, o desmascaramento da canalha demandará uma batalha de grandes
proporções.
Os tentáculos da bem
organizada quadrilha dos petralhas não se limitam ao empreendimento denominado
de Mensalão, pois eles estão infiltrados em todos os órgãos do Governo, possuem
nefanda capilaridade e, muitas vezes, comandam vastas redes.
Eles são muitos e estão
apegados às tetas do poder e não querem largá-la.
Por tudo, acautelai-vos
cidadãos honrados.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília,
DF, 21 de setembro de 2012
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