domingo, 23 de setembro de 2012

Deslustrando a justiça

Valmir Fonseca Azevedo
Evidentemente, durante um julgamento tudo pode acontecer.
A Promotoria acusa, um Advogado defende, e cada um apresenta as suas razões e argumentos para um júri deliberar e concluir pelo veredicto de culpado ou inocente.
Nos filmes da TV e do Cinema, e mesmo em nossos Tribunais, assistimos àquelas disputas.
Ora torcemos por um lado, ora pelo outro. A vida é assim, e no erro humano de julgamento, com certeza, inocentes já foram condenados, e sacripantas absolvidos.
No STF, no julgamento do Mensalão não é, e nem será diferente.
Porém, eis o inevitável e estarrecido PORÉM, o que assistimos nas Sessões do STF, na prática não é a posição dos Senhores Ministros, que diante do arrazoado dos Advogados devem decidir o seu veredicto de inocente ou culpado.
Saltam aos nossos olhos, que alguns Magistrados debruçam - se sobre os atos analisados, estudados, e sob a vigência da lei, de forma imparcial, e emitem a sua decisão, que poderá ser a de culpado ou de inocente.
Contudo, ressalta - se a existência flagrante de outro grupo opositor, cujo veredicto tende a ser pela inculpabilidade dos acusados.
Nada contra.
PORÉM, condicionante que volta por terríveis constatações, neste Julgamento transparece que o grupo da absolvição, apresenta-se francamente a favor do seu esvaziamento, que de acordo com eles, nem deveria estar em andamento, pois, descaradamente, seguem a máxima de sua majestade, o patife-mor, de que o Mensalão nunca existiu.
Se acreditam ou não no Mensalão, seja por convicção ou por algum tipo de convencimento, nunca saberemos, mas que flagrantemente procuram detonar as decisões do outro grupo, é por demais evidente.
Os subterfúgios usados à larga soam como indícios inquestionáveis de que ali estão em missão de sabotagem e, mesmo os mais leigos, podem perceber as manobras realizadas, e com tal desfaçatez que, decididamente, julgam àqueles que assistem ao seu espetáculo deprimente, como incuráveis beócios.
A todos nós, tais procedimentos devem trazer extrema cautela quanto à expectativa de que o Julgamento terá no seu final um desfecho favorável á Justiça.
Observamos alguns sinais de que agora a metamorfose vai, mas cuidado, o esquema montado para a tiranização da Pátria sob o jugo de alguns está por demais fortalecido e, dificilmente, contando com recursos incalculáveis, com a mídia, e com o beneplácito dos “bolsantes”, o desmascaramento da canalha demandará uma batalha de grandes proporções.
Os tentáculos da bem organizada quadrilha dos petralhas não se limitam ao empreendimento denominado de Mensalão, pois eles estão infiltrados em todos os órgãos do Governo, possuem nefanda capilaridade e, muitas vezes, comandam vastas redes.
Eles são muitos e estão apegados às tetas do poder e não querem largá-la.
Por tudo, acautelai-vos cidadãos honrados.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 21 de setembro de 2012

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