terça-feira, 23 de outubro de 2012

38º capítulo (daquela Série): Brasil, ame-o ou deixe-o!



Na ida de Bonsucesso para o centro da cidade passamos pela Avenida Rodrigues Alves, Praça Mauá, Avenida Rio Branco…
Na Avenida Rodrigues Alves vi um grande outdoor “1822/1972 – Sesquicentenário da Independência”. Achei estranho, pensei “Estão festejando 150 anos de independência?! Um século e meio depois?!” Dias antes morava num país que, independente em 15 de agosto de 1960, comemorava todos os anos o aniversário da independência. Era a ocasião ideal para os discursos contra o colonialismo, imperialismo, capitalismo… tanto em Brazzaville como em Kinshasa, em frente, do outro lado do Rio Congo/Zaire. Ainda os tenho na memória auditiva:

Citoyens, Citoyennes,
Militants et Militantes
Il faut à tout prix abattre le colonialisme e l’impérialisme, même si cela doit couter notre sang…
(Cidadãos, Cidadãs, Militantes, é preciso, a todo o custo, abater o colonialismo e o imperialismo, mesmo que isso custe o nosso sangue…)
Depois, na esquina com a Praça Mauá, vi outro: Brasil, ame-o ou deixo-o!”.
Fiquei apavorado. Me dizia "Nossa! Saí do fascismo da extrema esquerda pra cair nesse aqui de direita!!..". 
Também foi adesivo para carros
Já agora...

Ame-o ou deixe-o. Nós amamos”. Anúncio da petroleira Texaco em comemoração ao Dia da Pátria de 1970, com o lema do governo militar. Publicado dia 7 de setembro de 1970. Ironia do destino, em 2008 a empresa americana vendeu todos os seus postos no Brasil para o grupo Ultra por R$ 1,1 bilhão e deixou o Brasil. O amor acabou. 

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