Alberto de Freitas
O programa “Governo Sombra”,
agora também na TVI, conta com humor “limitado” de Ricardo Araújo Pereira, pela
Portugal Telecom, Partido Comunista Português e Benfica. Deixando de lado a PT,
pois é complicado “brincar” com o ganha-pão ou, direi pelos valores em jogo:
ganha-brioches.
O Benfica, como qualquer outro
clube de futebol, é composto de uma fauna (humana) fonte de inspiração
humorística, mesmo para taciturno. Mas… nada. A questão do PCP é mais
abrangente, pois não é só partidária, é mesmo complexo de esquerda. Sobre a
direita faz piada, sobre a esquerda, bota ideia inteligente.
Quando define a austeridade
como uma mania e até compara com os anos 70 e a moda da “mariconera”, pensa-se:
é piada. Não, não é, é ideia inteligente. Como se ser pobre fosse mania: “ouve lá, quando é que deixas de ser pobre?”
– “´é pá tens toda a razão, amanhã acabo
já com esta mania” – “é que isso tá
fora de moda, pá”
Para ele, a esquerda considera
os indivíduos mais iguais que desiguais, e a direita, mais desiguais que iguais.
Por isso, ele é de esquerda. Claro que da esquerda que não mate, nem use
violência.
Com estes princípios, também
eu. Só gostava de saber se para nos igualarmos, sou eu que adquiro a capacidade
de botar piada, se é ele que a tem que perder. A prática comprova que só à
força é que a coisa se consegue. Se fosse eu no poder, como macambúzio, punha
como igualdade todos a terem piada, de modo a me fazerem rir; se fosse ele no
poder, a obrigação seria de todos rirem, venerando o humor do líder.
Humor exige liberdade e é arma
eficaz contra a falta dela. De resto, é humor-amputado, tal qual Jô Soares não
fazer piada de gordo.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 23-10-2012
Título e Texto: Alberto de Freitas, 23-10-2012
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