terça-feira, 23 de outubro de 2012

Votar é preciso

Oswaldo Colombo Filho 

Não votar é uma omissão cívica e nada mais do que isso. O sujeito deste ato está e estará fadado a não se meter em nada; porém já se meteu pela forma que o escrutínio é apurado e apontado no Brasil e onde o voto de um nordestino analfabeto que inflado pelo bolsa-voto, vale tanto quanto o de cento e cinquenta universitários cariocas ou paulistas. A omissão é chamada de neutralidade em bom dicionário; porém em civismo é explícita covardia, pois o voto é elemento fulcral na ação democrática e republicana. Isso (render-se à omissão) significa apoiar aquele que obviamente vencerá. Para ele - o covarde, não importa o resultado, e aos participes do processo eleitoral, sejam de uma corrente ou outra, sequer se importam em saber a opinião de quem se acovarda nas sobras da quirela. Pessoalmente, entendo que se nem participar deseja tal elemento no processo eleitoral, não lhe caberá direito algum em criticar qualquer candidato, ou governante, nem mesmo os mensaleiros, pois como omisso ele sempre apoia os vencedores dos escrutínios - é um derrotado moral, pois elege a todos governantes e depois crítica a quem notadamente ajudou a preferir. Ora não sabe que de seu ato surtirá efeitos positivos e/ou negativos em sua vida e aos demais cidadãos? Não tem respeito próprio e nem ao próximo. Ele nunca terá razão em qualquer situação ou pleito, afinal não opinou!
Quem não participa não está habilitado frente aos que se expuseram pelos interesses comuns a todos da sociedade, ou seja, exerceram sua cidadania.
Ser cidadão não é somente, cobrar direitos, mas ter obrigações; e escolher quem representará o povo ou evitar que fichas sujas o façam, sendo assim é uma grande obrigação de cada um de nós. Hélio Bicudo proclamou recentemente que no Brasil de hoje é um crime quase que hediondo a não participação cívica. Rui Barbosa, no século passado nos legou que a "maior é a vergonha não é a derrota, mas sim aquela de não ter lutado" - acrescento que a pior é de ser taxado de covarde, como não votar e cacarejar sob qualquer estereótipo estúpido e infame de que na democracia não há saída contra a politicalha. Muito desses omissos ou anuladores profissionais, devassos da prática republicana e até por maioria dizem "estou bem, o resto que se dane". Há milhões de pessoas com esse comportamento no Brasil. Pois quando as coisas vão mal pedem ajuda ao "resto que antes mandaram se danar". Assim no Brasil impera o egoísmo em uma raça dividida, explorada por agiotas, sem solidariedade entre cidadãos, onde não se encontra honestidade nos homens públicos. Nutrimos a falta de consciência cívica e moral que vagabundos exploram e se beneficiam, assim impuseram como a bandeira no Planalto central. É hora do basta, seja agora ou não, mas pelo voto é que esses canalhas entraram e é por ele que devem sair; e quão maior descrença se impuser às práticas democráticas e republicanas estaremos sim fazendo com que essa gentalha, seja de um partido ou outro, de uma região ou de outra, permaneça no poder de nossa Pátria.
Solidariedade, cidadania e dignidade no seio de nosso povo é o que mais precisamos para não nos envergonharmos perante as futuras gerações.
Título; Imagem e Texto: Oswaldo Colombo Filho, Economista, Movimento Brasil Dignidade

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