Caro Jim, o interesse na
"coisa" está fora de prazo, mas quando tomei conhecimento do comunicado da Embaixada Alemã, vi como estamos "servidos" de líderes
políticos.
Cumprimentos
Alberto de Freitas
Um país “corno manso”
Vi o filme e era para não gostar, porém, lembrei-me do seu mentor: emérito
professor de direito, conselheiro de Estado – talvez a razão de Cavaco
raramente falar e nunca dizer nada – e que, quando “defuntar” será, de certeza,
canonizado como patrono dos “narcisos”.
E só um grande
“narciso-sem-ruborizar”, se atreve a condenar uma potência mundial por censura da
livre expressão, ao impedir algo … que nunca foi pedido.
O filme mostra o nosso azar
com, penso, o objetivo de despertar compaixão. Mas, pelos encómios que
antecedi, decidi tentar tática semelhante na obtenção de crédito bancário.
Na apresentação ao gerente
bancário, demonstro trabalhar 70 horas por semana de 7 dias, ainda chegar a
casa e ter que fazer o jantar para a família por ter a mulher acamada (por
vezes, desconfio, com outros); arrumo a casa, lavo a loiça, o mesmo à roupa,
deito os miúdos. Durmo 1 hora. Por o carro estar avariado e estar a pensar
juntar dinheiro para a reparação, vou para o emprego de transportes públicos.
Vou, não, ia, porque há greve. Como todos os dias. Vou a pé. Melhor: a correr
para não chegar atrasado. O patrão desconta.
Sou cumpridor das obrigações,
sou dedicado e esforço-me p’ra catano, mas, tal qual como no filme,
estou teso. Razão para o pedido de empréstimo.
Bem, se o filme passasse em
Berlim a coisa resultava, porque comigo resultou. Não, não me refiro ao
empréstimo, porque “corno-manso-azarento” não é ativo que dê garantias, mas o gerente
passou, todos os dias, a trazer uma marmita com sopinha a contar comigo.
Alberto de Freitas, 14-11-2012
Título e Edição: JP
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