quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A corrupção federal

Amigos, todos,
Abaixo, o artigo da semana.
A corrupção, no Brasil, é endêmica. Deve ter sido herdada de nossos ascendentes de muito tempo atrás, e não há quem consiga debelar esse mal, apesar de mais de mil promessas de dirigentes políticos passados e presentes (e arrisco dizer, futuros...).
A que essa situação levará o País dentro de poucas décadas? Não me atrevo a dar palpites...
Um grande abraço a todos,
Peter Wilm Rosenfeld
Imagem: SOLange

A CORRUPÇÃO FEDERAL
A sociedade brasileira está em festa, com o “julgamento do século” em curso.
Ontem foram anunciadas as penas de três dos principais políticos envolvidos no caso, um deles o próprio chefe da quadrilha, assim classificado pelo Procurador-Geral da República, o ex-deputado, ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu.
Aliás, esse cidadão está se expondo ao ridículo ao afirmar que o Supremo Tribunal Federal, considerado o verdadeiro guardião da Constituição Federal, está agindo ao arrepio da CF/88!
Se, com isso, o Sr. Dirceu quer se referir à ausência do verdadeiro Chefe da quadrilha, Sr. Lula da Silva, concordaria com ele (em artigo anterior referi que, em minha opinião, o grande ausente entre os réus era o ex-presidente).
Se não for essa a opinião do Sr. Dirceu, razão pela qual considera o julgamento uma agressão à Constituição, o ridículo é atroz.
Lastimo que as penas agora decididas só comecem a valer daqui a uns seis ou mais meses, tempo em que os condenados ficarão livres e soltos para cometerem outras insanidades.
Inclusive, se quiserem, asilar-se em uma embaixada de qualquer um dos países com governos esquerdistas das Américas. O recolhimento dos passaportes, determinados pelo relator, não será óbice para esse tipo de ação. Isso no que repeita ao mensalão.
Há uma outra grande, enorme, maracutaia (apud Sr. da Silva) em andamento, da qual, parece-me, a sociedade não se deu conta: a que envolve a Construtora Delta, que se tornou a maior empreiteira das obras federais.
Parece-me que, para todos os efeitos, os PACs 1 e 2, lançados pelo Sr. da Silva há já muitos anos como representando a redenção do Brasil e dos quais a então Ministra Rousseff era a Gerentona, estão mortos e enterrados (nem mais se faz referência a eles).
Mas não é bem assim!
Dos PACs não se fala mais, mas da ou na Construtora Delta, que se transformou em um verdadeiro laranjal (com dezenas de laranjas operando a seu redor) corre dinheiro às mancheias! Dinheiro supostamente do PAC!
De acordo com a Controladoria Geral da União, a empresa passou a ser inidônea, o que significa que não pode ser contratada por qualquer órgão público.
Mas os laranjas estão aí mesmo para que nada se modifique.
Outro caso que foi notícia quente há não muito mas que não mais é motivo de preocupação é o do Sr. Cachoeira.
“Dono” da jogatina em máquinas caça-niqueis, começou a ser processado e, de repente “sumiu” do cenário. Não se fala mais nele!
O ex-dono (!) da Delta, Sr. Cavendish, também sumiu para todos os efeitos. Disse “ex-dono” porque, ao que sei pelas notícias, o Sr. Cavendish se afastou da empresa de maneira que nada precisasse mudar, exceto os registros nas Juntas Comerciais...
E o grande protetor dessa “operação” é o Sr. Sérgio Cabral, cuja turma vai de jatinho a Paris quando deseja festejar mais livremente qualquer evento.
Aliás, o Governador Cabral ameaçou não realizar qualquer jogo da Copa de Futebol em estádios cariocas e não sediar os Jogos Olímpicos de 2016 se o governo federal mantivesse sua proposta política de distribuição dos royalties de petróleo!
Se há um político brasileiro que deveria ser punido por suas ações políticas é, exatamente, o Sr. Sérgio Cabral.
Lembro-me muito bem que, no início de sua carreira, que começou como deputado estadual, era filiado ao PSDB. Na época, eu residia no Rio de Janeiro e votei nele exatamente por ser desse partido.
Quando da posse, o PMDB ofereceu ao Sr. Cabral elegê-lo Presidente da Assembléia Legislativa se se transferisse para esse partido, o que fez incontinenti, face a sua ânsia de presidir a Assembléia.
Que beleza de caráter, não é mesmo?
Em meu entender, o político que trocasse de partido durante o mandato deveria perder sua condição política (senador, deputados federais e estaduais e vereadores, sem exceção), até a próxima eleição. Talvez, mas só talvez, isso faria com que o troca-troca insano cessasse.E, com certeza, a corrupção endêmica dos políticos brasileiros (com as exceções que provam a regra) mudaria rapidinho!
Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 14 de novembro de 2012

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