Alexandre Borges
O Aeroporto de Beja, que chegou a estar anunciado para 2008, abriu três anos depois.
Um dos vários atrasos da obra
ficou a dever-se a um erro de construção da pista - coisa pequena: constatou-se que não tinha a
solidez necessária para suportar aviões comerciais. O pequeno lapso implicou um
custo adicional de 8 milhões de euros. E não foram encontrados culpados.
Em 2010, podia ler-se num
relatório do Tribunal de Contas: "merece sérias reservas o facto de o Estado ter procedido à criação de uma empresa pública, cujo volume de negócios, passados nove anos, é inexistente, onde já foram gastos cerca de 35 milhões de euros, em custos directos da obra e custos de funcionamento, sendo ainda necessário despender mais 39 milhões de euros para operacionalizar o aeroporto, bem como dar cobertura a défices de exploração da empresa até 2015".
Estava pensado para acolher
uma companhia low-cost que lhe daria um crescimento "exponencial", mas foi
preciso vir o vice-presidente da Ryanair para que alguém dissesse o óbvio: "é muito longe de
Lisboa". Por isso, "não interessa". Comentário (e humilhação)
final: "não deveria" ter sido construído.
Imagem perfeita do que foi a
governação Sócrates, inaugurou na agonia dos últimos dias, a 13 de Abril de
2011.
Até final do ano, recebeu 2281
passageiros. Uma média de 8,7 passageiros por dia. 8,7.
É melhor não fazerem contas a
quanto nos custou até agora cada passageiro.
É que, ainda por cima, alguns
desses milhões foram, garantidamente, para a rubrica "estudos".
Título e Texto: Alexandre Borges, 31 da Armada,
21-11-2012
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