quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Breve apontamento sobre a Greve Geral

Em primeiro lugar, devo dizer que sou absolutamente a favor do direito de Greve, como o direito ao voto, pelos quais muita gente morreu por esse mundo afora. Ainda hoje, tem pessoas que morrem por esses direitos, como em Cuba, como na Coreia do Norte, como na Síria… É curioso, muito curioso, se não engraçado, perceber que por trás da aparente justa Greve Geral promovida e patrocinada pela CGTP-Intersindical (um departamento sindical do Partido Comunista Português) estão subjacentes os verdadeiros motivos político-ideológicos, quais sejam o de “combater este governo de direita” e outras “vontades” que desde antanho caracterizam a dialética marxista-leninista. Não perceber isso pode ser ingenuidade, mas, recusar perceber, é maldade. Portanto, de jeito e maneira, eu participaria dessa Greve. Aliás, eu queria ver uma greve geral, se respeitado o direito daqueles que que não queiram participar, isto é, livre direito de deslocamento e o livre direito de ir trabalhar e poder sair com o seu camião…
Quando liguei a televisão, na RTP1, estava passando uma entrevista, ao vivo, com o ministro da Administração Interna respondendo sobre os incidentes ocorridos em frente ao Parlamento, e uma repórter perguntando-lhe se não havia agentes policiais à paisana no meio dos “manifestantes”… o ministro respondeu, muito bem, na minha opinião, que a pergunta era insultuosa, e a repórter insistiu que “não é insulto, existem ‘relatos’”, perceberam? A repórter acreditou nos relatos? Não, a repórter faz parte dos “relatos”, deu para entender?
Mudei de canal.
No telejornal das nove, da SIC, com Mário Crespo, vi uma reportagem sobre essa violência, por parte dos lindos idealistas manifestantes (que jamais fariam isso, nem a metade, nos países acima citados) que, confesso, me deixou boquiaberto pela serenidade e objetividade da repórter. Que foi elogiada por Mário Crespo que mencionou, justamente, a objetividade e o bom jornalismo. Me deu vontade de gritar avisando o Mário Crespo: “Ó Mário, isso não é muito frequente no teu canal!”.
Para concluir, não sei explicar, é uma sensação, mesmo que o próprio ministro da Administração Interna tenha ressalvado que esses “incidentes” nada tiveram a ver com a manifestação da CGTP: por mais que se esforcem nas próximas horas e dias em martelar que foi a maior greve nos últimos anos, que foi a maior greve da história do planeta, etc… sinto que foi um tiro no pé. O futuro dirá.

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