terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ô seu Cabral! Diz quanto custou a passeata

Ricardo Noblat

Onde se lê:
"Questionado sobre as despesas com a organização e divulgação da passeata "Veta, Dilma",que ocorreu nesta segunda-feira (26), no centro do Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou não poder divulgar o valor gasto pelo governo do Estado com o objetivo de, por meio do ato público, pressionar a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), a vetar o projeto de redistribuição dos royalties do petróleo, já aprovado pelo Congresso. "Não posso divulgar isso", afirmou Cabral.
Na sexta-feira, procurada pela reportagem do UOL, a assessoria do governo informou que os investimentos feitos com dinheiro público para realizar a manifestação seriam divulgados na coletiva de imprensa, depois da passeata. Cabral, no entanto, optou por desconversar. Segundo o jurista especializado em direito público Fábio Medina Osório, autor do livro "Teoria da Improbidade Administrativa", embora a manifestação não tenha "interesse privado", o governo do Rio é obrigado a "prestar contas" quanto ao dinheiro público investido."



Leia-se:
De duas, uma. Pode ter custado caro, muito caro, o ato público promovido por Cabral. As repartições públicas fecharam ontem à tarde para que os servidores atendessem à convocação do governador. Transporte público rolou de graça, de ônibus a barcas, para facilitar a chegada e a saída da multidão do centro do Rio. Foi montada uma gigantesca infraestrutura de serviços para atender a toda essa gente - algo como 190 mil pessoas. Cabral teme que a cifra possa causar espanto.
Ou então: Cabral se nega a revelar quanto gastou simplesmente porque não gosta de prestar contas ao distinto público. Presta o necessário, o obrigatório por lei. E é só. Bobagem essa história de transparência. De mais a mais, a imprensa tem a mania esquisita de desconfiar a princípio de informações oferecidas por autoridades. Quando pode ou quer ou tem algum motivo anterior para isso, tenta conferir para ver se elas procedem. Se de fato são verdadeiras. Quando não são o mundo cai.
Sabe-se, por exemplo, que Cabral fez dezenas de viagens ao exterior desde o primeiro ano do seu primeiro governo. Quantas viagens ele fez? Quantas foram oficiais? Quantas particulares? Destino, duração e objetivos de cada uma? Custos de cada uma? Fonte pagadora de cada uma? Quem acompanhou Cabral em cada uma das viagens? Quem pagou as contas dos acompanhantes? Em quantas viagens Cabral usou jatinhos cedidos por amigos? Quantos desses amigos são fornecedores do governo?
Jamais Cabral respondeu perguntas como essas de forma satisfatória, definitiva.
Título, Imagem e Texto: Blog do Ricardo Noblat, 27-11-2012

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