quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Verdade: a autêntica vítima

J. Sepúlveda

Seis homens palestinos, suspeitos de colaborar com Israel, foram sumariamente executados em público, no centro da cidade de Gaza. A turba festejou pelas ruas o ato de barbárie e alguns militantes arrastaram o cadáver de uma das vítimas, como se vê nesta fotografia da AFP, estampada em grandes jornais pelo mundo no dia de hoje (21-Nov-2012).
Após dois tiros, uma das vítimas ainda se mexia e acabou sendo morta a socos e pontapés. Muitos filmavam a cena com celulares, enquanto crianças se aproximavam para ver os cadáveres mutilados, informa o enviado da Folha de S. Paulo a Gaza, testemunha ocular do ocorrido.
Vítimas civis
Aguardemos as reações. Será que os grandes defensores do “humanitarismo” serão imparciais e condenarão esse ato tão vil? Eles estão sempre de prontidão, quando Israel se defende de ataques a seu território ou quando responde a atentados terroristas, para falar e apresentar ao mundo as vítimas civis inocentes.
Por que só civis e crianças palestinas são dignas de piedade? Será que os alvos civis israelenses do terrorismo islâmico palestino (sejam eles adultos ou crianças) são alvos legítimos e não merecem os sentimentos “humanitários”?
 
Inocentes úteis
Lamento constatar que muitos ingênuos (pessoas de boa vontade) se deixam envolver por uma propaganda insidiosa, que tenta justificar o terrorismo de fundo islâmico como uma causa nobre de “oprimidos”. Quem pode confundir os militantes da causa palestina (muitas vezes um eufemismo para terroristas) com o povo palestino? Afinal esta foto é bem reveladora do modo como essa gente trata seu próprio povo.
Por que não se diz que o Hamas tem por costume – covarde – instalar seus postos de comando militar em meio a instalações civis, para que, necessariamente, qualquer ataque contra tais postos gere baixas civis, que alimentem a propaganda “anti-imperialista”? Será que a “justiça popular”, cruel e arbitrária, exercida contra irmãos palestinos é o ideal de civilização e de humanitarismo do Hamas e de seus apoiantes?
Não se enganem, é para este tipo de barbárie político-institucional – estampada na fotografia – de Estados sem-lei, ou sujeitos às arbitrariedades da sharia, que nos pretendem encaminhar as minorias islâmicas radicais que tentam controlar o Oriente Médio, inclusive a Palestina.
Afinal, que motivo leva militantes de esquerda pelo mundo afora – adeptos de regimes comunistas que executaram milhões de seus próprios compatriotas – a serem os grandes propagandistas e defensores destas minorias radicais que procuram confundir-se com o povo palestino?
Espero em breve escrever um artigo sobre este assunto e tenho a certeza de que muitos ingênuos e inocentes úteis, que fazem coro à chamada “causa palestina”, serão surpreendidos pela inspiração religiosa e ideológica, pela prática política e pelos métodos de grupos como o Hamas ou a Al-Fatah. As minhas fontes não serão israelenses, mas fontes insuspeitas dos próprios grupos em questão.
A primeira vítima desta gente é o próprio povo palestino. A segunda, a verdade!

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