sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O ministro Joaquim Barbosa agiu certo?

Abaixo dois textos antagônicos sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa:
Joaquim Barbosa, foto Nelson Jr, SCO, STF
Mensagem para o Ministro Joaquim Barbosa e para meus amigos internautas
Geraldo Almendra
Se o ministro tiver achado que não respondendo a altura as afrontas ao STF feitas pelo deputado Marco Maia com o pedido de prisão imediata da gang do mensalão evitou um golpe no país cometeu um grave erro pois o golpe acaba de acontecer com a desmoralização do STF.

A atitude mais inteligente e racional que o Ministro poderia ter tomando seria declarar que a questão da prisão iria ser julgada em plenário por não querer tomar uma decisão isolada e não, publicamente, se acovardar vergonhosamente perante o deputado Marcos Maia, fazendo um juízo de valor imoral sobre uma situação em que os únicos beneficiados foram os “réus” do julgamento do mensalão.

Em frente ao espelho sinto vergonha de mim mesmo por achar que o Ministro Joaquim Barbosa continuaria fazendo alguma diferença nesse judiciário apodrecido. Com certeza o ministro Celso de Melo, por exemplo, deve estar muito decepcionado.
Será que o ditado popular de quando não suja na entrada suja na saída é verdadeiro?

O Brasil das pessoas honestas e dignas está surpreso e deve estar com o mesmo sentimento de profunda decepção diante da covardia do Ministro frente ao deputado Marco Maia – o homem que humilhou publicamente o STF não permitindo que a gang fosse para a cadeia e, com certeza, não vai permitir que o trio de canalhas perca seus mandatos fora de uma decisão do próprio Parlamento subornado pelo Mensalão.

Assim como o PT e o poder Executivo não cansam de humilhar as forças armadas, agora o Parlamento desafia e humilha o STF, transformando o mesmo em mais um lacaio das gangs que tomam conta do poder público.

Por explícitas e públicas "ordens" do deputado o Ministro não cumpriu com sua obrigação legal e moral perante o País que era a de mandar prender imediatamente os genocidas do Mensalão, prisão absolutamente e legalmente merecida. Mais uma vez a impunidade predomina para os poderosos.

Será que os cidadãos comuns (não cúmplices do Retirante Pinóquio) depois de roubarem alguém e sendo presos, ao entregarem seus passaportes poderão ficar em liberdade? Me engana que eu gosto.

Essa jurisprudência somente se aplica para os protegidos pelo mais sórdido político de nossa história que chama genericamente de vagabundos os que o criticam e o investigam, e tudo fica por isso mesmo, especialmente quem trabalha com ar condicionado enquadrando o Ministro na sua revolta contra a uma ilusão Justiça.

Isso é uma comprovação final que no Brasil a justiça foi relativizada e golpe fascista acaba de ser consolidado.
Se um cidadão comum rouba um pão para comer vai para a cadeia e passa pelo inferno das masmorras prisionais com “direito” a virar noiva de outro bandido.

Quanto aos genocidas que roubaram bilhões de reais dos contribuintes. Esses podem ficar livres, leves e soltos, agora zombando do STF e comemorando o acovardamento de togados lacaios do Poder Executivo.

Talvez tenha sido o olhar de ódio da presidente Dilma que fez o Ministro recuar. O Brasil das pessoas honestas e dignas está decepcionado com essa atitude de covardia.

Muito bem. Agora fica claro que ninguém do mensalão vai para a cadeia e o poder público em todas as suas instâncias virou um Covil de Bandidos.

Parabéns ao Procurador-Geral da República pela sua coragem de desafiar os bandidos.
Parabéns à banda boa da Polícia Federal que tem cumprido com suas responsabilidades perante a sociedade.

Meus pêsames ao ministro Joaquim Barbosa por ter se acovardado pelos bandidos que há mais de 12 anos roubam descaradamente os contribuintes.

Talvez, diante da covardia do Ministro seja mais correto o procurador pedir sua exoneração do cargo para não ser confundido com os bandidos (e com os covardes e omissos que tomaram conta do poder público), pois está claro que nenhuma nova denúncia contra as gangs chefiadas pelo verdadeiro chefe do mensalão e contra ele mesmo vai acabar em alguma coisa que não seja a impunidade.

Esses canalhas devem estar agora em um churrasco junto com o mais sórdido político da história do país comemorando a covardia do Ministro frente aos desafios do deputado petista. O deputado Marco Maia já virou um ídolo do PT.

Depois do churrasco talvez alguns se encontrem com as prostitutas da corrupção que frequenta os corredores de nossa podre República para enfiar notas de cem dólares em suas calcinhas enquanto suas esposas comemorem com as amigas as vitórias de seus maridos.

É por essas e outras que quando uma sociedade perde em definitivo a vergonha na cara e a esperança na justiça ocorrem revoluções que premiam os canalhas, os covardes, e os omissos com a morte, de preferência diante de um paredão de fuzilamento.

O país voltou para a estaca zero. Depois de sete anos de espera e mais esse espetáculo do Circo do Retirante Pinóquio - o julgamento do mensalão -, que mais podemos esperar dessa Justiça apodrecida controlada por togados covardes, por togados omissos e por togados vestidos de bandidos?

Para os que me alertaram sobre minhas expectativas em relação ao Ministro, peço desculpas por não ter entendido o mérito do alerta achando que havia surgido pelo menos dois ou três togados não comprometidos com a corruptocracia petista. Eu estava errado. Tudo não passa de mais uma farsa de um judiciário acovardado.

Pobre país que tem uma sociedade omissa e covarde diante de uma corruptocracia comandada pelo poder Executivo.
Geraldo Almendra (formatação, tanto quanto possível, original)


Barbosa faz a coisa certa e não cai no truque de Dirceu e sua turma; o condenado não consegue, de novo!, o papel de herói
Reinaldo Azevedo
Pronto! O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão e presidente do Supremo Tribunal Federal, negou nesta sexta o pedido do Ministério Público para prender imediatamente os condenados do mensalão. Chega ao fim, assim, uma das Batalhas de Itararé desse processo. Falha mais uma das crises artificiais com que José Dirceu e sua turma tentavam turvar o ambiente político.

Em post publicado ontem às 17h44, no conselho que NÃO dei ao ministro, afirmei que ele deveria resistir à provação, NÃO MANDANDO prender a turma. Desde a semana passada, nos debates da VEJA.com, sustento que eram reduzidíssimas as possibilidades de ele acatar o pedido de prisão.

Reitero este aspecto: foram os mensaleiros e seus braços financiados com dinheiro público naquele troço que parece jornalismo que inventaram essa crise. Fica parecendo agora que Barbosa recusou a prisão porque ficou com receio da pressão deste ou daquele. Não! Ele recusou porque o STF já tem entendimento firmado de que não se começa a cumprir a pena antes do trânsito em julgado, a menos que haja motivos para decretar a prisão preventiva.

Com seu joguinho vigarista, a turma queria transformar uma decisão óbvia de Barbosa numa “vitória política”. Não que Dirceu não esteja se esforçando para ser preso, reitero (trato de novo do assunto no próximo post).

A campanha que o petista condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha move contra o Supremo é, sim, punível, mas não com prisão preventiva. A menos que ele convoque os seus militantes para desordens de rua. Gilberto Carvalho disse que o “bicho vai pegar”, mas só no ano que vem. Como? Haverá uma “Noite dos Cristais” contra a “direita”, os “reacionários”, o STF, o Ministério Público e a “imprensa golpista”?

Nesse caso, mal posso esperar para ver patriotas como José Sarney, Fernando Collor e Paulo Maluf a protestar contra o que Rui Falcão, presidente do PT, já chamou “essa gente suja e reacionária”. Os petistas, como a gente percebe, só se sentem em seu habitat natural com essas pessoas limpas e progressistas.

Barbosa tomou a decisão correta, ainda que muito se tenha conspirado nas sombras, de modo meio canhestro, para que tomasse a decisão errada.
Reinaldo Azevedo

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