A ANP e o Hamas, juntamente com as demais facções jihadistas e terroristas terão capacidade de se unir para
formar o tão propalado “estado palestino”? Caso superem esse obstáculo
aparentemente intransponível, de onde virá o dinheiro para fazer esse “estado”
funcionar?
Beatriz W. De Rittigstein, EL
UNIVERSAL em colaboração com Francisco Vianna (para a versão em português).
Em 1947, no mundo árabe,
prevaleceu o afã de destruir o Estado judeu, fato que desperdiçou a
oportunidade instituída pela ONU, através da Resolução 181, para se criar outro
Estado árabe na região.
Desse modo, em maio de 1948,
as tropas transjordanianas se uniram aos exércitos de vários países árabes que
declararam guerra ao recém-nascido de direito Estado de Israel. O armistício de
1949 concedeu ao reino hachemita o controle da chamada Cisjordânia (West Bank),
que tem tolerado a construção de assentamentos judeus nesse território.
Após décadas de conflitos,
hostilidades e terrorismo, em 1993, graças aos acordos de Oslo, se estabeleceu
uma espécie de embrião de um improvável Estado palestino: a chamada “Autoridade
Nacional Palestina”, que governava a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Em 2007 se intensificaram os
enfrentamentos entre as correntes palestinas Fatah e Hamas; esta última venceu
uma misteriosa “eleição” em Gaza, passando a dominar esse território com um
governo de fato, que, na prática, é independente da ANP, cujo poder na mão do
Fatah ficou centralizado e restrito à Cisjordânia. O Hamas se firmou na faixa
costeira com base em seu poder militar, apoiado pelo Hezbollah do sul do
Líbano, que acabou expulsando os vinculados ao Fatah da ANP.
A solução do conflito
palestino-israelense só poderá ocorrer se for possível a convivência harmoniosa
do Estado de Israel como um Estado Palestino que, todavia, ainda não existe por
dois motivos principais, um de ordem política e outro de ordem econômica.
O motivo político, dadas as
atuais circunstâncias, pode ser compreendido quando se tenta responder as
seguintes perguntas:
1) Como se conseguirá
instituir um “Estado Palestino” com dois governos palestinos tão diferentes, um
na Cisjordânia e outro na Faixa de Gaza?
2) Será que a ANP apaziguará o
Hamas e as demais facções jihadistas terroristas que atuam hoje na Faixa de
Gaza?
3) Será que existe vontade
política para tal?
O motivo econômico reside no
fato de que as populações palestinas, tanto na Cisjordânia como na Faixa de
Gaza, juntas, não produzem um PIB (Produto Interno Bruto) capaz de sustentar um
Estado, pois não têm um setor agropecuário organizado, um setor industrial e
comercial além de insignificante, e muito menos outros setores que demandariam
maior escolaridade e mão-de-obra especializada. A própria ANP, seguindo a regra
da antiga OLP, de Yasser Arafat, para funcionar, precisa receber um “mensalão”
pago pela ONU, por alguns países e – pasmem! – principalmente pelos EUA e por
Israel.
Esses dois motivos imperiosos
são os que, de fato, impedem a formação de um “Estado Palestino”, pois o que
havia de bom e promissor nessas populações hoje vive basicamente na Jordânia e
em Israel. E, é claro, os palestinos que foram para Israel se tornaram
israelenses, onde trabalham, produzem riqueza e progresso, têm ampla liberdade
para professar sua fé muçulmana, e não têm mais nada a ver com o ódio
antissemita que países antijudeus, como Egito, Sul do Líbano, Síria, e
principalmente a ditadura islamofascista do Irã, fomentam na região, usando a
população ignara e paupérrima desses territórios como “bucha de canhão” contra
o desenvolvido e acolhedor Estado de Israel.
Para ler a versão em espanhol,
aqui»
Saudações,
Beatriz W. De Rittigstein, EL UNIVERSAL em colaboração com Francisco Vianna (para a versão em
português).
De facto os países árabes nunca foram pró-Palestina, mas apenas anti-Israel…
ResponderExcluirCarlos T. Pereira