quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O abuso de Rafael Correa

O que alegou o caudilho equatoriano não só é um disparate, como também minimiza um ataque terrorista.
Beatriz W. de Rittigstein, EL UNIVERSAL
No final do ano passado, Rafael Correa visitou a Argentina com o propósito de receber um prêmio outorgado por seus gastos estatais na ‘comunicação popular’, como parte da ‘liberdade de expressão’, assunto incompatível com suas conhecidas arremetidas contra a imprensa no abusando de sua alta investidura.

Rafael Correa, um membro da gangue do eixo do mal da América Latina
Numa entrevista pela TV, ao ser perguntado sobre a recusa do Irã em entregar os acusados do ataque terrorista à AMIA, em Buenos Aires, o aprendiz de ditador equatoriano respondeu: "conheço esse caso. É muito doloroso para a história argentina, mas veja quantos morreram no bombardeio da OTAN na Líbia. Comparemos as coisas e vejamos onde estão os verdadeiros perigos; não devemos manipular". Também tentou defender o indefensável: "O Irã é uma das poucas ‘democracias’, pelo menos formais".
Para fugir da pergunta que retrata o regime criminoso dos aiatolás, torceu as circunstâncias com malabarismos circenses no intuito de formular afirmações vinculadas aos seus próprios interesses políticos e ideológicos. Se bem que certas comparações sejam odiosas, como se diz popularmente, o que alegou Correa não só é um disparate sem precedentes, como também o que disse minimiza um dos piores ataques terroristas ocorridos na Argentina e que não tem paralelo com a guerra civil na Líbia, onde o facínora Muammar Gadhafi se preparava para levar a efeito talvez um dos maiores genocídios da história moderna, não fosse a providencial interferência das forças da OTAN. São duas tragédias distintas, com suas características particulares e cada uma merece uma análise independente e neutra.
A insensata banalização do mal ensaiada pelo comunista e demagogo Correa, de um embate que reconheceu como doloroso, insulta o país anfitrião e o mundo que luta contra o flagelo do terror, principalmente o financiado pelo regime islamofascista iraniano.
Por outro lado, mais uma vez, Correa demonstra que a liberdade de dizer o que lhe vem à mente distorcida pelo socialismo só vale para a sua soberba pessoal, mas para os cidadãos equatorianos trata-se de uma afronta que pode resultar em sérias consequências que poderão ser sentidas no quotidiano.
Título e Texto: Beatriz W. de Rittigstein, EL UNIVERSAL, 23-01-2013
Tradução: Francisco Vianna

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