quarta-feira, 27 de março de 2013

Convescote em Roma + Minha casa, minha vida

Peter Wilm Rosenfeld
Nosso país produz notícias de uma forma tal que, por vezes, temos que abordar mais de um tema por artigo.
É o que, em meu caso, acontece esta semana. Vamos lá, então:


CONVESCOTE EM ROMA – Sabiam, meus leitores, que o Brasil está literalmente nadando em dinheiro, pois levou para assistir à solenidade festejando o início da atividade do Papa Francisco numerosa comitiva (penso que a maior entre todos os países que se fizeram presentes em Roma), que se hospedou em hotel de luxo, alugando vários automóveis, vans, etc.?
A Presidente Rousseff deu um belo exemplo de como as coisas NÃO devem ser feitas. Pelo que lemos nos jornais, seu primeiro impulso foi o de nem comparecer à solenidade, o que também não seria correto, tratando-se da presidente do país com o maior número de católicos do mundo (segundo sempre lemos).
Sua Excelência deve ter pensado: “Bem, já que tenho que comparecer, levarei grande número de pessoas. Afinal, não é sempre que se pode passar alguns poucos dias em Roma, e proporcionarei esse prazer a alguns auxiliares!”
Além disso, ficamos sabendo que, com a falta do embaixador em Roma, a sede da diplomacia brasileira (um belo e grande palácio na praça Navona) não poderia ser usada...

MINHA CASA, MINHA VIDA Os jornais de hoje informam que as habitações que estão sendo construídas como parte do programa “Minha casa, minha vida” estão desmanchando antes mesmo de serem ocupadas! Informam e o comprovam com fotos!

Foto: Marcelo Carnaval/Agência O Globo
Por que será que isso tem que acontecer? Trata-se, em geral, de gente humilde, sem recursos para contratar as construtoras mais conceituadas, que dão garantia da qualidade de seu trabalho e que constroem com esmero!
Mas sempre há os “espertinhos” que não só empregam material de última categoria, e que normalmente, distribuem propinas àqueles que devem fiscalizar as obras.
Isso me traz à lembrança o famoso Muro de Berlim. Quando de sua queda, os espertos alemães começaram a vender “pedaços” da construção aos turistas. O material era tão vagabundo que os pedaços se esfarelaram completamente. Ao voltar ao Brasil com o que eram três pedaços do muro que minha mulher e eu havíamos comprado, só havia algo parecido com farelo de cimento!
Será que as esquerdas sempre são assim? Só fazem produtos de péssima qualidade?

ORDEM DOS ADVOGADOS – OAB Como deve ser sabido por todos, todos os aspirantes ao exercício  da advocacia têm que se submeter a uma prova preparada pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Li no jornal de ontem que, de 114.000 aspirantes ao exercício da profissão que prestaram o exame este ano, apenas 12.000 foram aprovados!
Alguma coisa está muito errada nesse processo! Isso é mais do que evidente!
Permito-me especular que mais do que um só motivo existe para isso! Será que alguém já se deu ao trabalho de analisar, com seriedade, as causas de uma tal aberração! Usei o plural propositadamente, pois é quase impossível que esse desastre seja devido a uma só razão!
Mas, em meu juízo, há algo ainda mais importante que se deve deduzir disso: é absolutamente certo que nas outras profissões ocorreria o mesmo se os profissionais fossem submetidos a idêntico processo! E isso é apavorante!
Médicos, engenheiros, dentistas, etc., ao terminarem seu ciclo de estudos e se diplomarem, estão verdadeiramente habilitados a exercerem suas profissões?
É evidente que há de tudo, mas é de esperar que o problema não tenha a mesma dimensão como aconteceu com os bacharéis em direito!

IDIOMA PORTUGÊS - Isso me leva ao último assunto de hoje: nossa bela língua portuguesa, a última Flor do Lácio.
Muitos de nossos linguistas defendem que o português correto é o que o povo fala!
Discordo radicalmente desse conceito, mas talvez eu seja, atualmente, a exceção que prova a tese!
O fato que me leva ao tema nesta oportunidade é um anúncio publicado ontem, quando a cidade de Porto Alegre festejava seus 241 anos de existência.
O anúncio de uma cervejaria dizia: Se tu derrubar um pouco de espuma na hora do brinde, não te preocupa: essa terra merece.
É exatamente assim que o gaúcho fala; mas evidentemente não é correto.
Há anos, defendo que, mesmo que falemos errado, temos que escrever corretamente.
Posso tocar no assunto porque sempre tratei de falar corretamente; não uso o gauchês nem, tampouco, adotei o carioquês apesar de haver morado no Rio de Janeiro durante cerca de 40 anos!
Se tal não for observado, dentro de alguns anos poderemos abandonar inteiramente o ensino do idioma português do currículo de nossas escolas. A consequência é que gradativamente o português deixará de existir, pelo menos no Brasil (não menciono os outros países que têm como seu idioma o português por não saber como é cada um deles).
Mas é lastimável!
Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 27 de março de 2013

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