sábado, 23 de março de 2013

Intelectuais e raça - o estrago incorrigível

Thomas Sowell

Há tantas falácias ditas sobre raça, que é difícil escolher qual é a mais ridícula.  No entanto, uma falácia que costuma se sobressair é aquela que afirma haver algo de errado com o fato de que as diferentes raças são representadas de forma numericamente desproporcional em várias instituições, carreiras ou em diferentes níveis de renda e de feitos empreendedoriais.
Cem anos atrás, o fato de pessoas de diferentes antecedentes raciais apresentarem taxas de sucesso extremamente discrepantes em termos de cultura, educação, realizações econômicas e empreendedoriais era visto como prova de que algumas raças eram geneticamente superiores a outras.
Algumas raças eram consideradas tão geneticamente inferiores, que a eugenia foi proposta como forma de reduzir sua reprodução.  O antropólogo Francis Galton chegou a exortar "a gradual extinção de uma raça inferior".
E as pessoas que diziam essas coisas não eram meros lunáticos extremistas.  Muitos deles eram Ph.D.s oriundos de várias universidades de ponta, lecionavam nas principais universidades do mundo e eram internacionalmente reputados.
Reitores da Universidade de Stanford e do MIT estavam entre os vários acadêmicos defensores de teorias sobre inferioridade racial — as quais eram aplicadas majoritariamente aos povos do Leste Europeu e do sul da Europa, uma vez que, à época, era dado como certo o fato de que os negros eram inferiores.
E este não era um assunto que dividia esquerda e direita.  Os principais proponentes de teorias sobre superioridade e inferioridade genética eram figuras icônicas da esquerda, de ambos os lados do Atlântico.
John Maynard Keynes ajudou a criar a Sociedade Eugênica de Cambridge.  Intelectuais adeptos do socialismo fabiano, como H.G. Wells e George Bernard Shaw, estavam entre os vários esquerdistas defensores da eugenia.
Foi praticamente a mesma história nos EUA.  O presidente democrata Woodrow Wilson, como vários outros progressistas da época, eram sólidos defensores de noções de superioridade e inferioridade racial.  Ele exibiu o filme O Nascimento de uma Nação, que glorificava a Ku Klux Klan, na Casa Branca, e convidou vários dignitários para a sessão.
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Título e Texto: Thomas Sowell, Instituto Ludwig von Mises Brasil, 22-03-2013
Indicação: Vitor Grando Pereira 
Leia o artigo completo aqui.

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