terça-feira, 26 de março de 2013

Mais uma da imprensa portuguesa!

Veja esta manchete do jornal “Público”: 
Passos cria lugar para Silva Carvalho na Presidência do Conselho de Ministros
O que você, prezado leitor, inferirá? Muito provavelmente: o primeiro-ministro criou, isto é, acrescentou mais um funcionário à função pública, porque lhe apeteceu “contratar” esse senhor Carvalho.
Leia, por favor, a matéria assinada por Maria Lopes. Os grifos são meus.

O ex-director do SIED Jorge Silva Carvalho foi integrado nos quadros da Presidência do Conselho de Ministros, com efeitos a 1 de Dezembro de 2010, estipula um despacho assinado pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Finanças, publicado nesta terça-feira em Diário da República.

Foto: Enric Vives-Rubio
Silva Carvalho era o único ex-espião envolvido no "caso das secretas" que ainda não tinha sido integrado, como permite a lei, nos quadros da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros. Tinha feito o pedido logo que pediu a exoneração de director dos Serviços de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), a 1 de Dezembro de 2010, antes de ser contratado pelo grupo Ongoing, liderado por Nuno Vasconcellos.
O ex-espião começou a trabalhar oficialmente como administrador da Ongoing a 2 de Janeiro de 2011, esteve no grupo durante um ano, e depois acabou por se demitir ainda durante a fase de investigações do Ministério Público. Em Maio do ano passado, Silva Carvalho foi acusado dos crimes de abuso de poder, violação de segredo de Estado e de acesso indevido a dados pessoais.
Silva Carvalho pedira ao director operacional do SIED, João Luís, que lhe arranjasse dados dos telefonemas e SMS do telemóvel do jornalista do PÚBLICO Nuno Simas para perceber quem, nos serviços, estaria a passar informações para fora. De acordo com o processo, ainda enquanto director do SIED, Silva Carvalho passou informações classificadas para a Ongoing e, já depois de deixar os serviços e estando a trabalhar como administrador do grupo, continuou a pedir dados aos operacionais que lhe eram próximos.
Há três semanas, o advogado do ex-espião anunciou mesmo que ia apresentar uma acção no Tribunal Administrativo de Lisboa contra o Estado, precisamente porque Silva Carvalho ainda não fora reintegrado nos serviços. Na altura, o advogado queixava-se também do atraso do processo e pedira ao Conselho Superior da Magistratura a sua aceleração. A fase de instrução do processo das secretas, requerida por Nuno Vasconcellos a 1 de Junho do ano passado, deveria ter começado, segundo o prazo legal, até ao fim de Setembro, mas só vai iniciar-se a 3 de Abril.
De acordo com a lei que rege os serviços de informação, os funcionários que tenham pelo menos seis anos de serviço ininterruptos adquirem automaticamente vínculo definitivo ao Estadosituação em que se encontrava Silva Carvalho –, passando a integrar a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros. Daí que agora tenha sido criado um posto de trabalho no mapa de pessoal daquele organismo para que o ex-espião seja integrado “na carreira e categoria de técnico superior”, com salário correspondente à remuneração-base da carreira e categoria que tinha quando liderava o SIED, com efeitos a 1 de Dezembro de 2010.
O Ministério Público anunciou a acusação do processo das secretas no início de Maio do ano passado. Além das acusações imputadas a Silva Carvalho, também o então director do departamento operacional do SIED, João Luís, foi acusado, em co-autoria com o ex-director do SIED, de acesso ilegítimo agravado a dados pessoais e abuso de poder. Sobre Nuno Vasconcellos pende a acusação de corrupção activa.
Depois de a polémica das secretas vir a público, em Agosto de 2011, João Luís foi exonerado pelo novo director do SIED, Casimiro Morgado, a 5 de Novembro. Mas acabou por ser reintegrado nos quadros da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros no final de Julho de 2012. Já os dois operacionais que na mesma altura foram demitidos dos serviços de informações por passarem informações a Silva Carvalho, mas que o Ministério Público acabou por não constituir arguidos, pediram para ser readmitidos em Janeiro do ano passado e Passos Coelho deu o seu aval em Junho.

E, claro, os comunistas, já se apressaram a jogar veneno para cima do governo que, está claríssimo, apenas cumpre a lei. Aliás, a bem da verdade, não sei quem mais se apressou, se o comunista Filipe (que, por acaso, é meu vizinho) ou a redação da Agência Lusa correndo para saber a opinião dos comunistas...
Como o leitor denominaria a matéria com o título indutor e a intervenção do comunista contrário ao cumprimento da lei? Hein?
Eu denomino de cretinice da pior espécie, nem mais, nem menos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-