Otacílio Guimarães
Jim,
Jim,
Só de sacanagem e para você
sentir saudades, aquela saudade que faz as lágrimas rolarem. Veja esta
espetacular panorâmica do Rio de Janeiro na etapa final de um vôo da Tam para
pousar no Santos Dumont. Eu nunca tinha visto um vídeo igual a este. Já desci
no Santos Dumont e no Galeão algumas vezes mas nunca tive a sorte de pegar um
tempo claro como este. A visão final com o Pão de Açúcar à direita é de tirar o
fôlego. Estou teclando estas linhas em Kioto à lh40 da manhã pois vou pegar um
voo daqui a duas horas para Manila, nas Filipinas, onde ficarei dois dias e
depois sigo para Jakarta, na Indonésia, onde fico mais dois dias e depois volto
para casa. (...)
Até Manila vou pela JAL e de
lá até Jakarta pela Singapore Airlines. De Jakarta até Darwin pela Virgin.
Cara, é um prazer viajar por essas companhias. O serviço de bordo é impecável,
a comida excelente.
Bem, depois disso me aposento
definitivamente. O que vou fazer pelo resto da minha vida? Estou confuso pois
são tantas coisas, mas cada uma a seu tempo. Começarei descansando um mês no
rancho em Katherine, depois vou com a japonesa para os Estados Unidos e Canadá,
por uns quarenta dias. Vou ler muito. Por incentivo de alguns amigos, talvez
escreva um livro só para os amigos. Que editora iria publicar um livro escrito
por um sujeito criador de bodes?
Depois da viagem aos Estados
Unidos e Canadá, vou percorrer a Austrália, quilômetro por quilômetro. Tenho
dois projetos em gestação mental. Uma viagem pelo mar contornando a ilha
continente com o Zé Afonso em seu barco e outra por terra, de automóvel e de
avião, com o Jim. Por enquanto são apenas projetos, pois a coisa é complicada.
Mas estamos planejando. Parado é que eu não vou ficar.
Estou aqui gastando o tempo
enquanto espero a hora de ir para o aeroporto, que fica próximo, uns vinte
minutos daqui. Apenas eu estou acordado, os demais dormindo. Daqui a pouco
acordo todo mundo para me despedir. Já tomei uma garrafa de vinho e vou dormir
durante o vôo para Manila.
Jim, eu tenho um relato do voo
mais tenebroso que fiz com as japonesas de Irkustk, capital da Sibéria, para
Ulan Bator, capital da Mongólia. Foi num velho Ilyushin russo bi-reator, nem
gosto de lembrar. Mas esta estória fica para outra ocasião. Foi tão dramático
que eu preciso me concentrar para escrevê-la.
Veja o Rio de Janeiro lá de
cima.
Um grande abraço,
Otacílio Guimarães, 30-03-2013
Otacílio, veja este:
PS: Eu ainda não acabei a
minha garrafa de vinho alentejano, está quase
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