A economia venezuelana está no
fundo do poço e o governo em Caracas aplicou, na terça-feira, ontem, a
anunciada militarização do sistema elétrico da Venezuela. Isso depois que os
militares fiéis ao regime chavezista já dominaram completamente o Conselho Nacional
Eleitoral, participaram ativamente da grande fraude eleitoral que reelegeu o
golpista Maduro, com a ajuda da inteligência cubana que, nem tanto assim por
trás das cortinas, já controla o país.
Assinalou que ontem foi também
publicado o ‘decreto’ que põe em vigor “o estado de emergência do sistema e do
serviço elétrico no país” durante 90 dias. “Isto é de grande importância porque
este é o marco que nos permite tomar as medidas indispensáveis para estabilizar
o sistema elétrico na Venezuela”, explicou.
“Temos que constatar em poucos
meses os efeitos positivos do que ontem o presidente Maduro instituiu”,
assinalou Arreaza, ao garantir que o regime será “implacável” contra os
sabotadores, mas também no cumprimento “minucioso dos protocolos de manutenção
e de investimentos” no sistema elétrico.
O ministro venezuelano de
Energia Elétrica, Jesse Chacón, por sua vez, disse que injetará capitais na
estatal que “controla” o sistema elétrico do país, a CORPOELEC, que implicará
em ações necessárias para “estabilizar a geração, transmissão e distribuição de
eletricidade” ao país. Em suas promessas, como sempre, o ministro destacou que
usará produtos venezuelanos para substituir os importados no funcionamento do
sistema e que os investimentos acarretarão uma “economia de recursos” e será
projetado visando o “crescimento do consumo para os próximos dez ou vinte
anos”.
Anunciando uma “transformação
radical do sistema elétrico no país”, o ministro disse que serão definidas, nos
próximos dias, “todas as áreas que entrarão na zona de segurança nacional”.
Chacón disse também que o
chefe do Comando Estratégico das Forças Armadas, Wilmer Barrientos, assegurou
que os militares participarão ativamente do “controle e do funcionamento do
sistema elétrico”. “Mas que não nos vejam como se essa militarização seja para
a adoção de medidas arbitrárias. Não. Estamos cumprindo o que estabelece a
Constituição, e a nossa missão é a de colaborar e contribuir como uma força nacional”,
disse ele.
O tema “eletricidade” é um dos
mais constantes e controversos na Venezuela, que em fevereiro de 2010 sofreu
uma forte crise de geração e distribuição que o governo justificou como
consequência de uma estiagem qualificada como a pior em 45 anos.
Em agosto do ano passado, o
falecido presidente Hugo Chávez reconheceu que os “graves problemas” no sistema
elétrico nacional permaneciam, embora tenha assegurado que caso ele nãotivesse
chegado ao poder em seu país, o povo estaria iluminando suas casas com
lanternas e cozinhando a lenha.
Para quem conhece como
funciona o socialismo, não será nenhuma surpresa se a Venezuela entrar agora
num regime de racionamento de tudo, desde a eletricidade até a comida, onde o
desabastecimento já é terrível.
O pior é que os venezuelanos
se acostumaram a viver de petrodólares, hoje completamente desviados pelo
politiburo de Caracas, e deixaram sua florescente indústria e agropecuária
desaparecer e seus capitais e cérebros saírem do país. A situação, que deve
piorar, poderá levar a Venezuela à guerra civil no futuro próximo. Anotem aí...
Título e Texto: Francisco Vianna (da mídia
internacional), 24-04-2013
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