quarta-feira, 1 de maio de 2013

Francisco Vianna: "acredito que os dramas, português e brasileiro, tenham uma causa principal única e comum: a baixa qualificação do eleitor"

-------Mensagem original------- 
Data: 30-04-2013 21:26:11
Assunto: Fw: Re: O GRANDE VENCEDOR

Jim,  
Para a leitura
Vianna 

O texto é um pouco longo, mas é a análise mais lúcida do risco que o Brasil está correndo tendo os petralhas e seus aliados corruptos no comando do país.
Olavo de Carvalho foi o primeiro jornalista brasileiro a denunciar os objetivos sinistros do Foro de São Paulo. Passaram a chamá-lo de louco. Os objetivos do Foro de São Paulo se sobrepõem aos interesses nacionais. O PT é sócio das FARC neste Foro. Por isto não há no Brasil uma guerra sem tréguas ao contrabando de cocaína, pois se assim fosse feito, as FARC teriam cortada a sua fonte de financiamento.

26/04/2013 às 19:22 - Por Reinaldo Azevedo

-------Original Message------- 
Date: 30/04/2013 19:34:02
Subject: Res: Fw: Re: O GRANDE VENCEDOR

Francisco,
Obrigado!
Já havia lido no blogue do Reinaldo... Sabe, Chico, faço essa "liquidificação" entre matérias/artigos das atualidades luso-brasileiras com a esperança que tanto uns como os outros percebam a  realidade... Que nada!
No Brasil, não sei como está, mas aqui, em Portugal, não adianta! Estão todos contando com a vitória eleitoral do PT daqui, o PS, ainda não fez dois anos que este governo assumiu, depois de ter vencido eleições!
Aliás, diga-me uma coisa, por favor:
Como seria o Brasil com um sistema parlamentar?
Você acha que o Guia Universal dos Povos sobreviveria todo esse tempo se tivesse que, quinzenalmente, (como em Portugal, não sei qual a periodicidade na Inglaterra), responder às legítimas questões da Oposição e às provocações e insinuações que eles, petistas, são mestres?
Abração./-
Jim


Jim
De uma forma geral, acredito que os dramas, português e brasileiro, tenham uma causa principal única e comum: a baixa qualificação do eleitor e, ipso facto, dos políticos.

Imagine uma condição hipotética em que os eleitores, para ostentarem tal condição (a de serem eleitores) tivessem que ter um diploma universitário. Em tal situação, qualquer que fosse o regime eleito por eles poderia ser acusado de tudo, menos de ter chegado ao poder pela ignorância de quem o elegeu, ou de que a sua eleição tenha sido resultado de promessas populistas e demagógicas, ou ainda fruto de bolsas e outras benesses distribuidas pelo governo para comprar votos a preço barato dos mais pobres e ignorantes. Concorda?

A situação da maioria dos povos europeus - assim como a dos brasileiros - chegou a tal termo em função de terem se acostumado em contar com uma série de benesses governamentais típicas do socialismo, de modo que um grande contingente da população se acostumou em trabalhar menos e a usufruir de uma série de benefícios, geralmente pagos indiretamente pelos que trabalham mais (e, eventualmente, por isso, ganham mais, porque geram mais riqueza, embora não consigam geri-las). 

As monarquias constitucionais têm um fator que as repúblicas carecem em sua maioria. A casa real, apesar de não governar diretamente, têm um papel moderador baseado na honra e no conservadorismo dos seus civilizacionais. Isso restringe bastante a incidência da corrupção no regime social (político + econômico). Nas repúblicas, a honra só ganha alguma força quando o Judiciário age de forma a não permitir a impunidade, principalmente dos membros do legislativo e do executivo, mesmo que o regime seja parlamentarista (Portugal) ou presidencialista (Brasil).

Antes, no Brasil, o magistrado do STF era nomeado pelo Executivo e aprovado pelo Legislativo após escolhê-lo de uma lista tríplice apresentada pelo próprio Judiciário, com base nas suas carreiras como juízes e desembargadores. Um dos absurdos brasileiros foi o fim de tal critério meritocrático.

Hoje o Presidente da República tem o "phoder" de nomear qualquer advogadozinho ministro membro do STF (Suprema Corte) alinhado com a sua ideologia. O resultado é que, a possibilidade de o Executivo cooptar e controlar o Judiciário é bem real e presente nos dias atuais, da mesma forma como fez com o Legislativo, através do processo espúrio de compra de votos chamado "mensalão".

A última tentativa foi a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que visa dificultar ou impedir que se formem novos partidos políticos no país, ou de proibir que o Ministério Público tenha poderes de aceitar denúncias e de investigar os membros do Executivo e do Legislativo, uma medida que, sem dúvida tenta sacramentar o "SUCIALISMO" no Brasil, ou seja, um socialismo de súcia, de quadrilha de malfeitores, de predadores da coisa pública.

O Brasil, por não dispor de nenhuma instituição destinada a preservar a honra e a reputação de seus titulares, desenvolve com maior velocidade e eficiência esse "sucialismo" a que me refiro e que o Foro de São Paulo tem exportado com proficiência para o resto da América latina, tornando-a progressivamente merecedora da pejoração de "América Latrina", um expediente criado pela adoção da cartilha de Antônio Gramsci, o comunista italiano que doutrino como destruir a democracia sem ação armada, a partir de dentro dela mesma, tendo em vista as suas flagrantes fraquezas que são tão maiores quanto menor for a qualificação de seus agentes políticos (eleitores e eleitos).

Portanto, para finalizar esta nota, quero resumir que o Brasil, assim como Portugal, Espanha, Grécia, Argentina, México, Venezuela e, a rigor, qualquer país, não será diferente do que é, independentemente do regime político aqui praticado (presidencialismo, parlamentarismo, ditadura socialista, militar, ou o que seja), enquanto não dispuser de uma instituição que garanta a preservação da honra, da qualificação dos agentes democráticos, da reputação que legisladores, administradores, juízes e demais servidores públicos devam necessariamente ter para se desincumbirem satisfatoriamente de seus cargos, não apenas em épocas de vacas gordas, mas principalmente em épocas de dificuldades locais, nacionais e globais.

Quando as pessoas que exercem a cidadania forem minimante qualificadas não apenas para votar mas, principalmente, para ocupar cargos eletivos e de confiança, mesmo assim, o dolo e os crimes poderão não estar totalmente afastados da vida pública, mas os seus perpetradores terão muito mais chances de sentir na pele o peso e o rigor da lei e serão cada vez mais exceções da regra. Nesse caso, qualquer que fosse o regime democrático praticado o Guia Universal dos Povos sequer seria conhecido além das hostes sindicais de onde foi içado por Golbery do Couto e Silva... 

Se todos os países, em geral, lutam para estabelecer regimes com base na honra e no mérito, pelo pouco que sei, Portugal e outros, destacando-se o Brasil - talvez por uma 'herança maldita' -, parecem buscar o contrário. No Brasil, está a se consolidar uma "ESCORIOCRACIA" *, com base numa pequena minoria organizada como um politiburo ainda incipiente - é verdade - mas que a cada dia mais se enraiza no planato central como uma seleta e diminuta burguesia de parasitas da nação.
Abraços./- 
Francisco Vianna

(*) ESCORIOCRACIA, o oposto de meritocracia, na medida em que o primeiro é composto pela ESCÓRIA da sociedade em contraposição ao segundo, que é oregime formado pela ELITE, que, por definição, por sua vez, é o que há de melhor, mais capaz, mais probo, e mais proficiente dessa mesma sociedade.

4 comentários:

  1. Não ... não ... não ... o problema comum dos Portugueses e Brasileiros é o que os Inglêses fizeram com os dois ... nós ainda temos alguma esperança ... os Hindús jamais se recuperarão ... coitados!!
    PFdeM

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  2. Gostaria que me explicassem,como obtiveram o meu email,de onde me conhecem e porque tenho de receber emails em nome do senhor Francisco Vianna que não conheço,não tenho interesse em conhecer e muito menos receber emails em seu nome.
    Portanto agradeço que não me enviem mais emails!!!
    Muito grata!!!

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    Respostas
    1. Você recebeu e-mails deste blogue, "O cão que fuma"? Certamente que não.
      Portanto, e por favor, aponte a sua reclamação para outro(s) destinatário(s).
      Obrigado.

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  3. Jim,

    Certamente, não sei quem é o anônimo (óbvio) RSRSRS...

    Quanto a essa senhora, Ana Paula Roque, que não conheço (e não sei se é brasileira ou portuguesa), obviamente não faz parte de minha lista de endereços eletrônicos, pois não incluo ninguém nela que não conheça, mesmo que apenas do ambiente digital da Internet.

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