quarta-feira, 8 de maio de 2013

Urubus portugueses

Ainda há pouco, há mais ou menos uma hora, postei “A emissão a dez anos e o regresso aos mercados” e destaquei o comentário de um leitor de Luanda.
Pois bem, quer dizer, mal, eis que me deparo com esta manchete:

Cortes: "Segunda vaga de austeridade" ainda vai ser pior

Leiam, por  favor:
Os economistas contactados pelo Diário de Notícias consideram que a “segunda vaga de austeridade”, já abordada pelo primeiro-ministro, terá efeitos piores e “será muito difícil de controlar”. Depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros ter traçado a “barreira” da sustentabilidade da coligação no novo imposto sobre os pensionistas, a questão que se impõe é saber se o Governo tem margem de manobra para desistir dela.
A lâmina da austeridade que voltou a pairar sobre os pescoços dos portugueses, com o anúncio das medidas substitutivas das quatro normas chumbadas pelo Tribunal Constitucional, está ainda mais afiada, dizem os economistas, que antevêem o pior. Na opinião dos especialistas ouvidos pelo Diário de Notícias, é tempo de seguir por outro caminho e baixar impostos.
O pacote de medidas anunciadas por Passos coelho, na sexta-feira, permite uma poupança de 4,8 mil milhões de euros até 2015, apesar de o primeiro-ministro ter dito que só seriam necessários 4 mil milhões. No entanto, os economistas não se deixam convencer por estes números.
Para o professor catedrático de Coimbra José Reis as medidas constituem uma “segunda vaga de austeridade” e o especialista garante que o seu efeito será ainda pior do que o primeiro pacote. Os novos cortes são um “desmantelamento do Estado e das políticas sociais” que terão “efeitos muito fortes”, sustenta José Reis.
Na opinião do docente, a “natureza contraproducente do caminho que estamos a seguir vai agravar-se ainda mais” e a solução passa pela “urgente” renegociação da dívida.
Já o economista Eugénio Rosa diz não perceber como é que se tiram 240 milhões à despesa dos ministérios, lamentando que “tudo seja feito sobre o joelho”. O fiscalista Tiago Caiado Guerreiro vai mais longe e defende que “os impostos têm de descer” pois a “situação não é sustentável”. No entanto, o especialista mostra-se favorável à existência de uma taxa sobre as pensões mais elevadas, salvaguardando a protecção das mais baixas.
Notícias ao Minuto, 08-05-2013


Bom, aí fui pesquisar quem são estes três urubus. Vejamos:
O primeiro, José Reis, é do Centro de Estudos Sociais – Laboratório Associado à Universidade de Coimbra. Secretário de Estado do Ensino Superior (1999-2001) do governo socialista de António Guterres.
O Centro de Estudos Sociais é o playground do sociólogo Boaventura de Sousa Santos.
Nesse play encontram-se muitos investigadores, por exemplo:
Manuel Carvalho da Silva, quadro do Partido Comunista, ex-secretário-geral do departamento sindical desse partido; José Manuel Pureza, dirigente do Bloco de Esquerda… tem mais, tem mais, mas não estou com saco de procurar. E quem sustenta esse Centro de Estudos Sociais, hein??
O segundo, Eugénio Rosa, é um comunista do departamento sindical do PCP.
O terceiro, Tiago Caiado Guerreiro, é aquele que disse, entre tantas sandices, que “os consumidores devem resistir à lei que obriga a pedir fatura”. Outra ave de mau agouro, sempre a criticar o que este Governo faz ou deixa de fazer, ou pensou em fazer… Basta escrever “Tiago Caiado Guerreiro” na barra do Google… Além das “agourices”, você vai encontrar este artigo no “Diário de Notícias”, publicado em 24 de março de 2011:
Pronto! Tivemos aí um belo painel (de três) de economistas analisando a notícia de ontem com uma invejada imparcialidade…

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